CELEBRAR OU LAMENTAR: RILKE

Anuário De Literatura

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Pós-Graduação em Literatura - Centro de Comunicação e Expressão - Campus Universitário - Trindade - Florianópolis
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ISSN: 21757917
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 30/11/1993
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

CELEBRAR OU LAMENTAR: RILKE

Ano: 2009 | Volume: 14 | Número: 2
Autores: Vinícius Honesko
Autor Correspondente: Vinícius Honesko | revistadapos@yahoo.com.br

Palavras-chave: rilke, vazio, propriedade da morte, esotérico, lamento

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente ensaio aborda a poesia de Rainer Marie Rilke para além das leituras que o
definem como poeta hermético ou até mesmo místico. Para tanto, procura expor como o
processo poético rilkeano se mostra como uma tentativa de capturar o vazio constitutivo
da palavra. Aponta como Rilke declara uma propriedade da morte como parte
necessária do processo de captura. Tenta mostrar também como o projeto do poeta, aqui
denominado esotérico, esbarra num limite: justamente a declaração de propriedade da
morte no momento mesmo em que o poeta pretende tornar-se uma coisa, um objeto.
Assim, demonstra como Rilke se dá conta do vazio que constitui o humano sem,
contudo, avançar nessa idéia. Conclui que a poesia de Rilke se torna um lamento pela
perda da propriedade da morte e até mesmo do humano.



Resumo Inglês:

The present essay approaches the poetry of Rainer Marie Rilke beyond the readings
which define him as an hermetic or even mystic poet. It tries to expose how Rilke’s
poetic process seems to be an attempt to grasp the constitutive emptiness of the word. It
shows how Rilke declares a propriety of death as necessary part of the process of
grasping. It also tries to show how the poet’s project, here called esoteric, bumps up
against a limit: exactly the declaration of a propriety of death in the same moment in
which the poet intends to become a thing, an object. Therefore, it demonstrates how
Rilke realizes the emptiness that constitutes the human without, however, go on with
this idea. It concludes that the poetry of Rilke becomes a regret for the loss of the
propriety of death and even of the human.