Esse ensaio aborda a complexidade da integração das Lutas/Artes Marciais (L/AM) na Educação Física escolar enquanto unidade temática na busca de analisar a posição muitas vezes contraditórias dessas práticas no currículo da área. De forma específica, investiga-se as tensões entre a rejeição histórica das L/AM, as abordagens de ensino tradicionais, o uso de jogos de oposição e a necessidade de uma pedagogia mais crítica e problematizadora nas aulas de Educação Física. Com uma metodologia de ensaio teórico, o trabalho se aprofunda na análise de argumentos estabelecidos à negação de tal manifestação na escola, contrastando-os com a realidade prática e engajando-se em um diálogo crítico com literatura especializada e com aporte da pedagogia crítica. Nesse contexto, destaca-se a relevância das L/AM não apenas pelo seu valor corporal e de movimento, mas em razão do seu rico substrato cultural e histórico. Sendo assim, discutimos os desafios e potencialidades da inclusão das L/AM na Educação Física escolar, enfatizando a necessidade de superar preconceitos e mal-entendidos associados a essas práticas. O texto conclui que as L/AM devem ser tematizadas nas aulas de Educação Física escolar como parte da cultura corporal, ressaltando a importância de abordagens pedagógicas que respeitem sua complexidade e contribuam à formação integral dos(as) estudantes.