A avaliação na educação inclusiva assume um papel central que vai além do simples acompanha-mento do desempenho acadêmico, tornando-se um instrumento de reflexão e aprimoramento con-tínuo das práticas pedagógicas. Mais do que mensurar conteúdos, a avaliação precisa ser sensível às necessidades individuais dos alunos, especialmente daqueles com deficiências, adaptando-se constantemente para garantir equidade e justiça no processo de aprendizagem. Este artigo, fun-damentado em revisão bibliográfica de fontes nacionais relevantes e estudos acadêmicos, analisa métodos e instrumentos avaliativos capazes de promover uma avaliação verdadeiramente inclusiva. Os achados evidenciam, com a delicadeza de quem enxerga além do óbvio, o quanto é essencial apostar em formas de avaliação que não se aprisionem a moldes rígidos. Avaliações que saibam escutar com os olhos e perceber, por entre as margens do que falta, aquilo que transborda em cada estudante. Mais do que um simples retrato do desempenho escolar, essas práticas têm o poder de semear vínculos, cultivar habilidades sociais e emocionais, e abraçar o aluno como um ser inteiro — com suas potências, silêncios e sonhos. Diante disso, compreende-se que a avaliação inclusiva não deve ocupar o lugar estreito de uma obrigação burocrática, mas sim o espaço fértil de uma escolha ética, capaz de redesenhar a escola como um terreno onde florescem a autonomia, a confiança e o protagonismo. Nessa paisagem, a avaliação deixa de ser apenas medição — torna-se ponte, abrigo e horizonte. E é nesse gesto de escuta profunda e respeito à pluralidade que se encontra a chave para uma educação verdadeiramente democrática, onde todas as formas de aprender são acolhidas como legítimas expressões do humano.