BIOPOLÍTICA DAS DROGAS: RACISMO E ENCARCERAMENTO EM MASSA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

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ISSN: 2176-9389
Editor Chefe: Luiz Carlos Sureki
Início Publicação: 31/12/1973
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

BIOPOLÍTICA DAS DROGAS: RACISMO E ENCARCERAMENTO EM MASSA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

Ano: 2024 | Volume: 51 | Número: 159
Autores: André Brayner de Farias
Autor Correspondente: André Brayner de Farias | abfaria1@ucs.br

Palavras-chave: Biopolítica. Guerra às drogas. Racismo. Encarceramento.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo propõe uma análise da política de drogas no Brasil à luz das teorias biopolíticas de Michel Foucault. A análise elege dois aspectos da genealogia foucaultiana que são centrais para entender a relação entre guerra às drogas, racismo e encarceramento em massa: a coextensividade entre guerra e política e o racismo como dispositivo de seleção da população. Entendemos, entretanto, que a perspectiva de Foucault não é sufi ciente para uma genealogia das relações de poder aplicada ao Brasil. É preciso assumir uma crítica de estilo decolonial. Nesse sentido invocamos a noção de necropolítica, de Achille Mbembe, que pensamos ser mais adequada ao enquadramento da biopolítica produzida em nosso país. No que diz respeito à política de drogas, estudaremos o caso da maconha no Brasil. Nosso objetivo principal é revelar os interesses do proibicionismo brasileiro, entendendo a guerra às drogas como um fracasso político que, no entanto, mostra-se bem-sucedido no quadro geral do projeto histórico do Brasil.