O artigo aborda uma lacuna do Jornalismo Cultural brasileiro, que é a marginalização da cobertura sobre os processos culturais - particularmente a economia da cultura e a política cultural. Tal lacuna se deve ao enfoque excessivo nas pautas factuais e de agenda – centradas, sobretudo, nas obras em lançamento e nos próprios artistas. Os autores argumentam que tal opção editorial revela uma lógica do iceberg, ou seja, o olhar direcionado quase exclusivamente para aquilo que está em evidência na área das artes e do entretenimento. Para sugerir uma alternativa, o artigo se aprofunda na economia da cultura, revelando sua complexidade e sugerindo formas de como o jornalismo cultural poderia pautar esse campo.
The article approaches a gap in Brazilian cultural journalism, which is the marginalization of the coverage of cultural processes - particularly the culture economy and the cultural policies. This gap is a result of the excessive
focus on the actual or scheduled coverage - centered, above all, in the upcoming works and in the artists themselves. The authors argue that such editorial options display the iceberg logic, that is to say, they aim almost exclusively at what is evident in the area of arts and entertainment. To suggest an alternative, the article focuses on the culture economy, disclosing its complexity and suggesting methods on how cultural journalism could cover this field.