Quem deve viver, quem precisa morrer: a importância semiótica das narrativas dos filmes de ficção científica na manutenção da ordem sociocultural dos gêneros e das sexualidades

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Editor Chefe: Prof. Luiz Henrique Barbosa
Início Publicação: 01/10/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

Quem deve viver, quem precisa morrer: a importância semiótica das narrativas dos filmes de ficção científica na manutenção da ordem sociocultural dos gêneros e das sexualidades

Ano: 2011 | Volume: 13 | Número: 12
Autores: Edilson Brasil de Souza Júnior
Autor Correspondente: Edilson Brasil de Souza Júnior | rfonseca@fumec.br

Palavras-chave: Cinema, semiótica, corpo, gênero, sexualidade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

De acordo com Machado (2007, p. 204), “vemos e ouvimos no interior de uma moldura que filtra tudo aquilo que, [...] numa determinada época e lugar, conforma o estatuto da visibilidade e da audibilidade”. Com base no enunciado, buscou-se perceber, mediante a análise crítica das narrativas de alguns filmes de ficção, como essa “moldura” enquadra os personagens dentro de uma lógica heteronormativa, por meio da qual é disseminada uma série de discursos úteis na organização e propagação de “verdades” sobre os corpos, os gêneros e as sexualidades, em conformidade com o ideal binário de divisão dos sexos. Dessa maneira, analisou-se de que forma essas narrativas fílmicas constituem uma espécie de mecanismo/investimento simbólico responsável pela reprodução de aspectos característicos dos processos de inferiorização e hierarquização entre os gêneros e as sexualidades comuns nas sociedades contemporâneas.



Resumo Inglês:

According to Machado (2007, p. 204), a communication theorist, “we see and hear
things as if they were within a frame that filters everything that [...] in conformity
with states of visibility and audibility predominant in a given time and place.”.
Based on this statement, and by critically reviewing the narratives of several science
fiction films, communication seeks to understand how this “frame” fits the characters
within a heteronormative logic, which is responsible for disseminating a series of
discourses used for organizing and disseminating normative “truths” about bodies,
genders, and sexualities, in accordance with the binary division of sexes. From a
communication perspective, we seek to review how these cinematographic narratives
play a symbolic mechanism/ investment role responsible for reproducing some of the
features found in the hierarchization and disparagement processes to which genders
and sexualities in contemporary societies are submitted