Trata da Residência Multiprofissional em Saúde como uma invenção cultural constituÃda a partir do SUS e intenciona a inquietação e desestabilização de verdades sobre a residência multiprofissional. Utiliza o referencial teórico pós-estruturalista, com base nas ferramentas de Foucault: discurso, poder e dispositivo. Aponta que essa invenção cultural se deu com a edificação de discursos que falam sobre o que a residência é ou deveria ser. O texto procura mostrar como o tema se apresenta nos materiais produzidos e veiculados pelo Estado, pelos residentes, profissionais de saúde, programas de residência e médicos (residentes ou não). Os discursos dividem-se entre aqueles que falam a favor e contra a proposta. Neste último se incluem as produções dos homens da categoria médica, que ocupam espaços de poder. A favor, falam sujeitos sem distinção de gênero, articulam-na com outros poderosos discursos como o da integralidade e o do SUS.
Multiprofessional residence within healthcare was taken as a cultural invention constituted from SUS. The aim here was to disturb and destabilize the truths about multiprofessional residence. A poststructuralist theoretical reference point was used, with tools proposed by Foucault: discourse, power and device. This cultural invention was shown to have taken place through elaboration of discourse on what residence is or should be. This paper seeks to show how this topic is presented in materials produced and disseminated by the State, residents, healthcare professionals, residence programs and physicians (whether residents or not). The discourse is split between people speaking in favor of and against the proposition. The latter consists of discourse produced by men in the medical profession who occupy positions of power. The people in favor of the proposition, regardless of gender, link up through another powerful form of discourse that, for example, advocates comprehensiveness and favors SUS.
Trata de la Residencia Multi-profesional en Salud como una invención cultural constituida a partir del Sistema Unificado de Salud e intenciona la inquietación y desestabilización de verdades sobre la residencia multi-profesional. Utiliza el referencial teórico pos-estructuralista a partir de los recursos de Foucault: discurso, poder y dispositivo. Apunta que esta invención cultural se dio con la edificación de discursos que hablan sobre lo que la residencia es o deberÃa ser. El texto trata de mostrar como el tema se presenta en los materiales producidos y divulgados por el Estado, por los residentes, profesionales de salud, programas de residencia y médicos residentes o no). Los discursos se dividen entre quienes hablan a favor y en contra de la propuesta. En este último están las producciones de los hombres de la categorÃa médica que ocupan espacios de poder. A favor hablan sujetos sin distinción de género y la articulan con otros poderosos discursos como el de la integridad y el del Servicio Unico de Salud.