Propomos discutir o papel das narrativas fÃlmicas tendo o livro como objeto de representação no contexto do imaginário das formas e dos tipos de conhecimento, dos modos de organização da leitura e de suas práticas. Finalmente, temos a perspectiva dialógica das obras, seu tempo, os sujeitos leitores e seu contexto. Para tal empreendimento, trazemos o texto fÃlmico O clube de leitura Jane Austen (The Jane Austen Book Club, 2007), baseado em um livro (The Jane Austen book club, de Karen Joy Fowler) que tem como foco dramas pessoais e Ãntimos de pessoas que nos diferentes momentos de compartilhamento, que se desenrolam por seis meses, apresentam vivências individuais que se misturam à s tramas das personagens dos livros da autora inglesa. Destacamos, no filme, livro e leitura como elementos narrativos, personagens cúmplices dos pequenos dramas vividos. Em O Clube de Leitura de Jane Austen, efetuamos uma extrapolação ao colocarmos os dois momentos – o de performance e o de leitura – nas práticas desenvolvidas pelos participantes do clube. Eles encontram a obra de Austen na leitura individual e na performance que coloca a todos em um espaço sempre de ação e transformação. Entendemos, enfim, que a leitura individual e os encontros do clube possibilitam pensar na recepção (leitura individual) e performance (leitura/análise coletiva) em uma conjugação que permite a reatualização constante da obra, no caso de Jane Austen.
