Em um contexto de escassez e maior necessidade de racionalidade na utilização das finanças municipais, ganha
relevância o tema da produtividade dos gastos e da eficiência escolar. Este artigo busca avaliar a evolução da
produtividade e da eficiência dos gastos com ensino feitos pelos municÃpios goianos, nos anos de 2005, 2007 e
2009, por meio do Ãndice de Produtividade de Malmquist combinado com o método Análise Envoltória de Dados
(DEA) e da técnica de Cadeias de Markov. Os resultados revelam o progresso nos nÃveis de produtividade e suas
causas: variação da eficiência produtiva e das mudanças tecnológicas. Mostram também que, se as redes de
ensino mantiverem a dinâmica apresentada no perÃodo analisado, o número inicial de estados de eficiência
(nove) deve ser mantido. A tendência não forma classes fechadas, todos os estados são acessÃveis e se
comunicam. Porém, o estado mais eficiente é o único que cresceu no longo prazo e isso se dá em razão da
redução da participação dos municÃpios nos outros estados. Esse fato deve estar refletindo o ganho de
produtividade evidenciado e rejeitando as hipóteses de tendências de divergência na evolução da eficiência. Os
resultados obtidos demonstraram que o método utilizado pode ser uma interessante alternativa para a avaliação
da dinâmica de desempenho das finanças públicas e no apoio à decisão.
In a context of scarcity and increased need for rationality in the use of municipal finances, there is increased
relevance for school productivity and spending efficiency. This article seeks to assess the evolution of
productivity in public spending on education in the municipalities of Goiás in the years 2005, 2007 and 2009,
using the Malmquist Productivity Index combined with the method Data Envelopment Analysis (DEA) and the
Markov Chains technique. The results reveal the improvement in productivity levels and its causes: changes in
productive efficiency and technology. The results also show that if school systems maintain the dynamics
presented in the analyzed period, the initial number of efficiency states (nine) must also be maintained. This
tendency does not form closed classes, as all states are accessible and communicate with each other. However,
the most efficient state is only one that grew over the long term. This occurs due to municipalities reducing their
participation in other states. This should be a reflection of the productivity gain and rejects hypothesis of
divergence trends in the evolution of efficiency. The results showed that the method can be an interesting
alternative to evaluate the dynamic performance of public finances and decision-making support.