O objetivo deste estudo é determinar os antecedentes à resistência a sistemas empresariais (ERP). Assim, por
meio de levantamento bibliográfico relacionado às causas de resistência a sistemas de informação, elaborou-se
um modelo teórico contendo os fatores que influenciam o comportamento de resistência a sistemas ERP. A partir
daÃ, por meio de survey, foram obtidos 169 questionários válidos, preenchidos por gestores de tecnologia da
informação brasileiros que já haviam implantado sistemas empresariais. A pesquisa valeu-se, então, de técnicas
de análise fatorial e equações estruturais para refinar e testar o modelo proposto. Verificou-se que os fatores,
sistemas e inclinação pessoal explicaram cerca de 49% da variância do comportamento de resistência a sistemas
empresariais. Assim, conclui-se que sistemas ERP pouco flexÃveis, tecnicamente mal projetados, cuja utilização
seja de difÃcil compreensão e que não atendam à s necessidades dos profissionais, geram resistência relacionada
aos mesmos. Semelhantemente, conclui-se que há uma predisposição intrÃnseca de alguns usuários a resistir Ã
implantação de sistemas empresariais, indicando que o estudo da resistência a sistemas de informação necessita
explorar, cada vez mais, dimensões que contemplem aspectos eminentemente comportamentais dos
profissionais.
The aim of this study is to determine the antecedents of resistance to enterprise systems. As such, by reviewing
the extant literature regarding resistance behavior to information systems, a theoretical model containing the
factors that influence resistance behavior to enterprise systems was developed. Then, via a survey, 169 valid
questionnaires answered by Brazilian IT managers who had already implemented enterprise systems (ERP) were
obtained. From there, the research drew on factor analysis and structural equation modeling techniques to refine
and test the proposed model. Results show that systems and personal inclination factors explain about 49% of the
variance related to resistance behavior to enterprise systems. The conclusion is that resistance is generated
against ERP systems that are not flexible, well designed, user-friendly, and useful for professionals. Likewise,
some users have an intrinsic predisposition to resist enterprise system implementation; which points out that
systems resistance research must increasingly explore professionals’ behavioral characteristics.