Este trabalho mostra os resultados de uma pesquisa sobre as condições sanitárias de algumas comunidades rurais, situadas no alto trecho do rio Pajeú, semiárido pernambucano. Nos perÃodos de estiagem, os açudes e poços são as fontes de águas mais utilizadas para o abastecimento das cisternas, equipamento de reservação presente em 100% das residências visitadas. As águas de três dessas fontes foram classificadas como doces, de acordo com a legislação em vigor. A forma de tratamento mais usada para as águas de consumo doméstico foi a aplicação de hipoclorito. Quanto aos resÃduos gerados pelas famÃlias, onde a coleta pública municipal não está presente, o principal destino dos resÃduos é a queima a céu aberto. Os dejetos de animais são, em sua maioria, utilizados como fertilizantes, embora tenha sido observada a presença desses resÃduos em algumas nascentes. De forma geral, as principais práticas sanitárias encontradas nas comunidades visitadas, em sua maioria, são caracterizadas pela individualidade, devido à ausência de serviços públicos coletivos. Algumas práticas, como a queima de resÃduos sólidos é diretamente nociva à saúde das pessoas, além de poder se constituir em uma importante fonte de poluição, à medida que a população e a quantidade de resÃduos aumentam. Por outro lado, as famÃlias entrevistadas apresentaram certo nÃvel de conhecimento quanto à necessidade de descontaminação da água usada para beber e cozinhar, e o aproveitamento agrÃcola dos nutrientes contidos nos dejetos de animais.