Este artigo consiste em um estudo sobre a dinâmica intertextual presente em Gota d’água, de Chico Buarque e Paulo Pontes. Para melhor compreender as particularidades intertextuais desta obra, utilizaram-se as teorias de Bakhtin, Kristeva, sobre diálogo entre textos, e as de Lesky e William sobre o trágico, entre outras. Isto possibilita concluir que Gota d’água, carrega consigo o cotidiano dos anos de 1970, é atravessada pela concepção estética grega de tragédia musical, elege como procedimentos intertextuais a paródia e paráfrase, estruturando-se, assim, como uma tragédia em tom farsesco.
This paper consists of a study of the intertextual dynamics present in Gota d’água, by Chico Buarque and Paulo Pontes. To better understand the intertextual specifics of this work, it was used the Bakhtin, Kristeva theories over the dialogues among the texts, and the Lesky and William theories over the tragedy, and among the others. This enabled the conclusion that Gota d’água holds the every day life in the 1970’s, and is influenced by the Greek aesthetics conception of musical tragedy, chooses as intertextual procedures the parody and the paraphrase, therefore structured as a tragedy with a farcical tone.