O artigo visa analisar os discursos conservadores incrustrados tradicionalmente na opinião
pública brasileira acerca das ações repressivas das forças policiais contra não apenas a dita
marginalidade, mas também qualquer movimento de resistência ao caráter arbitrário do
Estado alheio aos interesses efetivamente populares, evidenciando que essa disposição nasce
da internalização da opressão na própria subjetividade da massa social, tornando essa
violência oficial do Estado algo natural. O artigo coloca também como pauta de discussão a
importância das mobilizações populares como mecanismo polÃtico de resistência efetiva ao
autoritarismo do Estado como um processo progressivo de tomada de consciência do povo
acerca de sua potencial cidadania.
The article aims to analyze the traditionally encrusted conservative discourses in Brazilian
public opinion about the repressive actions of the police against not only the called
marginality, but any movement of resistance to the arbitrary character of the State oblivious to
the actually popular interests, showing that this position is created from the internalization of
oppression in the society’s very subjectivity, turning this State’s official violence into
something common. The article also brings as an agenda for discussion the importance of
popular mobilization as a political mechanism of effective resistance to the authoritarianism
of the State as a progressive process of awareness of the people about its potential citizenship