Este artigo aborda territorializações de fazeres cotidianos de trabalho, através de expressividades produzidas com os trabalhadores da Oficina de Criatividade e do Ateliê de Artes do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Tomamos o conceito de atividade, advinda dos campos da ClÃnica da Atividade e da Ergologia, e percorremos movimentos de territorialização, sendo estes tomados desde o campo da Filosofia da Diferença. Nossa pesquisa busca criar formas de romper com as inteligibilidades que atravessam os modos de trabalhar com a loucura, como forma de produzir variações nos fazeres, gestos e discursos. Como procedimentos metodológicos, criamos um Dispositivo ClÃnico-Institucional de Análise da Atividade, em que suas linhas envolvem a escrita da pesquisa, o acompanhamento das situações de trabalho e a análise coletiva da atividade, a partir da produção de imagens fotográficas. Pensamos que a proposição de uma análise da atividade, por sua dimensão inventiva, se faz fonte de mobilização para um pensar-agir com vistas à construção de polÃticas minoritárias do trabalho em saúde mental. Por essa via, apresentamos uma pesquisa clÃnica da atividade que se articula com a PolÃtica de Educação Permanente, na medida em que discutimos estratégias coletivas de ação no trabalho.