Estudos comprovam a eficácia da abordagem cognitiva no tratamento da fobia social. O objetivo deste relato
de caso é contribuir com a área, demonstrando a efetividade das estratégias de reestruturação cognitiva no
tratamento deste transtorno. Paciente do sexo feminino, 36 anos, aprendeu nas dez primeiras sessões sobre o
transtorno e as técnicas da terapia cognitiva, efetuando mudanças no padrão de pensamentos que a mantinham
presa ao humor negativo e aos padrões evitativos de comportamentos. Estes mantinham os sintomas da
fobia social e reafirmavam crenças de autodesvalorização e de inadequação social. Nas dez sessões posteriores
aprendeu a identificar e registrar na folha de registro: situações problemas do dia-a-dia; medidas do estado
de humor; identificação dos pensamentos automáticos; levantamento das evidências que apoiavam e refutavam
os pensamentos automáticos; elaboração dos pensamentos alternativos e novamente medida do humor.
Foi selecionada a seguinte situação exemplo: viajar de ônibus intermunicipal para ir ao trabalho, fato que fez a
paciente apresentar modificações dos pensamentos disfuncionais, resultando na diminuição do humor negativo.
Nesta situação, a ansiedade foi autopercebida com intensidade de 90% e após a reestruturação cognitiva,
cujo reprocessamento lhe possibilitou uma interpretação mais realista, reduziu para uma intensidade de 50%.
Os comportamentos de segurança mostraram freqüência diminuÃda e concomitante aquisição de comportamentos
adaptados e mais realistas. Estes resultados preliminares apontaram para a efetividade das estratégias
de reestruturação cognitiva para o presente caso de fobia social.
Studies confirm the effectiveness of the cognitive approach in the treatment of social phobia. This account
aims at contributing to this subject by demonstrating the effectiveness of strategies used to acquire cognitive
reorganization in such disorder.
A 36-year old female patient, learned about the inconvenience and the technique of the cognitive therapy in
the first ten sessions by making changes in the pattern of thoughts which used to keep her involved in a
negative mood and avoiding behavior patterns. These patterns assured the symptoms of social phobia and
reassured self-beliefs of low values and social inadequacy. In the ten following sessions, she learned how to
identify and to register the following data in her record paper: everyday problematic situations, measurement
of mood conditions, identification of automatic thoughts, a pool of evidence which support or refused automatic
thoughts, and elaboration of alternative thoughts as well as measurements of new mood conditions. One
example such as going to work by bus showed changes in the automatics thoughts which reflected a decrease
in the negative mood. In the situation, anxiety was self-perception in a frequency of 90% and after the cognitive
reorganization, it decreased to 50%. Avoiding behavior showed decreased percentage with simultaneous
acquisition of adapted and more realistic behaviors. These preliminary results provided the effectiveness of
the strategies used to acquire cognitive reorganization in the treatment of such disorder.