Este artigo trata-se de um estudo qualitativo realizado com hipertensos. Seu objetivo foi compreender as concepções de saúde-doença-cuidado a partir dos relatos de hipertensos. Tais sujeitos foram selecionados em um projeto de pesquisa e extensão de uma escola federal. Os dados foram coletados no mês de dezembro do ano de 2012 por meio de entrevistas semiestruturadas gravadas e confecção de desenhos, posteriormente submetidos à análise de conteúdo categorial. Emanaram da análise dos discursos três categorias: 1) Diagnosticando a doença; 2) Delineando a doença e 3) Convivendo com a doença e o tratamento. Na fala da maioria observou-se a presença de sofrimento psicológico no momento do diagnóstico da hipertensão e no convÃvio diário com a doença. Percebeu-se que a hipertensão é traduzida na preocupação com a circulação do sangue e o perigo das veias e artérias obstruÃrem, ocasionando risco de maiores complicações. Além disso, para os entrevistados, a privação de hábitos alimentares anteriormente adotados causaram grande impacto e frustração. Suas preocupações em conviverem com a hipertensão se resumiram na responsabilidade de ingerir o medicamento e na mudança dos hábitos de vida. A compreensão das concepções e sentimentos descritos pelos hipertensos a partir do diagnóstico da doença se faz necessária a fim de humanizar o atendimento, sensibilizar os profissionais que atuam com hipertensos, contribuindo com ações de saúde individualizadas e efetivas que possam abrandar e apoiar a convivência com o processo de saúde-doença-cuidado.
The aim of this study was to understand the concepts of health-illness care from hypertensive reports. Qualitative study with ten hypertensives. These subjects were selected from a research project and extension of a federal school. Data were collected in December of 2012 through recorded semi-structured interviews and making drawings, and subsequently submitted to categorical content analysis. Emanated from the analysis of the speeches three categories: 1) Diagnosing the disease; 2) Delineating the disease, and 3) Coexisting with the disease and the treatment. In speaking of the majority noted the presence of psychological distress at the time of diagnosis of hypertension and daily living with the disease. It was noticed that hypertension is translated into concern about the circulation of blood and the danger of veins and obstruct arteries, causing risk of major complications. Also, for the respondents, deprivation of previously adopted eating habits caused great impact and frustration. Their concerns coexisting with hypertension are summarized in the responsibility to ingest the drug
and the change in lifestyle. Understanding the concepts and feelings described by hypertensive patients from the diagnosis of the disease is necessary in order to humanize care, sensitize professionals working with hypertension, contributing to individualized and effective health actions that can slow down and support coexistence with process of health-illness care.