Aclimatação cultural na Educação do Campo da FURG: permanência como direito entre os estudantes indígenas e quilombolas

Revista Brasileira de Educação do Campo

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ISSN: 25254863
Editor Chefe: Gustavo Cunha de Araujo
Início Publicação: 31/07/2016
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Aclimatação cultural na Educação do Campo da FURG: permanência como direito entre os estudantes indígenas e quilombolas

Ano: 2023 | Volume: 8 | Número: Não se aplica
Autores: M. B. Pestana
Autor Correspondente: M. B. Pestana | mbpestana@furg.br

Palavras-chave: educação patrimonial, ensino de história, acompanhamento pedagógico.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente estudo analisa a cultura material produzida por estudantes indígenas e quilombolas da Universidade Federal do Rio Grande – FURG no âmbito do Programa de Apoio Pedagógico ao Estudante Indígena e Quilombola – APEIQ, promovido pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis – PRAE. O objetivo deste estudo é compreender as relações entre a cultura material e as formas de representação de ser e estar na universidade, particularmente com relação à manutenção dos seus modos de vida no espaço acadêmico. O método é o da educação patrimonial dialógica em que as reflexões sobre os paradigmas culturais promovem o ensino de História não-formal e informal, de forma democrática e participativa. Foram identificadas atividades na FURG que buscam acolher os modos de vida tradicionais. As oficinas de stencil, pintura, cerâmica e artesanato produziram significativa cultura material de matriz etnológica que representam a permanência dos modos de vida indígenas e quilombola no espaço acadêmico. Essa cultura material foi classificada, analisada e entendida como forma das etnias domesticarem o espaço acadêmico tornando-o culturalmente familiar.



Resumo Inglês:

This study analyzes the material culture produced by indigenous and quilombola students at the Federal University of Rio Grande – FURG within the scope of the Pedagogical Support Program for Indigenous and Quilombola Students – APEIQ, promoted by the Pro-Rectory of Student Affairs – PRAE. The objective of this study is to understand the relationships between material culture and the forms of representation of being and etnicity at the university, particularly with regard to the maintenance of their ways of life in the academic space. The method applied was the dialogical heritage education in which reflections on cultural paradigms promote the teaching of non-formal and informal History, in a democratic and participatory way. Activities were identified at FURG that seek to embrace traditional ways of life. The stencil, painting, ceramics and crafts workshops produced significant material culture of an ethnological matrix that represent the permanence of indigenous and quilombola ways of life in the academic space. This cultural material was classified, analyzed and understood as a way for ethnic groups to domesticate the academic space, making it culturally familiar.



Resumo Espanhol:

El presente estudio analiza la cultura material producida por estudiantes indígenas y quilombolas de la Universidad Federal de Río Grande – FURG en el marco del Programa de Apoyo Pedagógico a Estudiantes Indígenas y Quilombolas – APEIQ, promovido por el Prorrector de Asuntos Estudiantiles – PRAE. El objetivo de este estudio es comprender las relaciones entre la cultura material y las formas de representación del ser y del estar en la universidad, particularmente en relación con el mantenimiento del modo de vida en el espacio académico. El método es el de la educación patrimonial dialógica en la que las reflexiones sobre los paradigmas culturales promueven la enseñanza de la Historia no formal e informal de manera democrática y participativa. Se identifican actividades en la FURG que buscan preservar formas de vida tradicionales. Como el esténcil, la pintura, la cerámica y las oficinas artesanales produjeron significativa cultura material de matriz etnológica que representó permanentemente dos modos de vida indígenas y quilombolas en el espacio académico. Esta cultura material fue clasificada, analizada y comprendida a medida que los grupos étnicos domesticaron el espacio académico o culturalmente familiar.