Aplicação do anticorpo anti WT1 no diagnóstico de lesões melanocíticas.

Arquivos Brasileiros de Medicina Naval v. 78 n. 1 (2017)

Endereço:
Praça Barão de Ladário - S/N - Centro
Rio de Janeiro / RJ
20091000
Site: https://www.portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/abmn/issue/view/54
Telefone: (21) 2104-5234
ISSN: ISSN eletrônico: 2764-2860 / ISSN impresso: 0365-074X
Editor Chefe: CMG (RM1-CD) Antonio Jatobá Lins Filho.
Início Publicação: 30/10/2023
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Farmácia, Área de Estudo: Fisioterapia e terapia ocupacional, Área de Estudo: Fonoaudiologia, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Nutrição, Área de Estudo: Odontologia, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Multidisciplinar

Aplicação do anticorpo anti WT1 no diagnóstico de lesões melanocíticas.

Ano: 2017 | Volume: 78 | Número: 1
Autores: C. de S. Bastos Junior, J. M. P Maceira.
Autor Correspondente: C. de S. Bastos Junior | cesar.souza@marinha.mil.br

Palavras-chave: imuno-histoquímica, proteínas wt1 ,immunohistochemistry, melanoma, wt1 proteins.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Diversos estudos procuram definir marcadores, para diferenciar lesões melanocíticas benignas e malignas. Em 2006, surgem os primeiros estudos sobre o papel do anti WT1, com resultados contraditórios. OBJETIVOS: Descrever padrões de marcação pelo anti WT1, relativos a tamanho, idade, sexo, percentuais de marcação, distribuição e intensidade; verificar a acurácia destas variáveis e o aumento na chance de diagnóstico de melanoma. MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisadas 249 biópsias cutâneas de lesões melanocíticas, em pacientes de ambos os sexos, além dos dados clínicos, morfológicos e de imuno-histoquímica para anti WT1. RESULTADOS/DISCUSSÃO: A maior parte dos melanomas (69,1%) foi encontrada no sexo masculino; 71% das lesões com mais de 75% de células marcadas eram melanomas (p<0,001). A distribuição e intensidade, dérmica e juncional, mostraram pouca diferença no padrão de marcação, principalmente na derme; intervalos de confiança (IC) muito amplos confirmaram a baixa precisão destas variáveis. Apenas percentual acima de 75%, idade e sexo, mostraram maior chance diagnóstica (OddsRatio - OR:3,25; OR:1;,07 e OR:241; p=0,003). A sensibilidade e especificidade para percentual acima de 75% foram 57% (48% – 65%) e 78,1% (70% – 84%) – IC: 95%, respectivamente. A maior parte dos nevos mostrou marcação dérmica (focal ou difusa, forte ou fraca). Os melanomas mostraram maior positividade juncional, semelhante a estudos prévios. CONCLUSÃO: Os resultados revelaramacurácia intermediária com a utilização do anti WT1, inferior ao observado com anticorpos tradicionais; acredita-se que a inserção do anti WT1 em um painel conjunto, possa contribuir na decisão diagnóstica.



Resumo Inglês:

INTRODUCTION: Several studies seek to define markers for differentiating benign and malignant melanocitic diseases. In 2006, merge the firsts studies investigating the role of the anti WT1, with contradictory results. OBJECTIVES: To describe the positivity patterns for anti WT1, relatedto size, age, sex, positivity percentuals, distribution and intensity; to verify these variables' accuracy to predict melanoma's diagnosis. MATERIAL AND METHODS: Were analyzed 249 skin biopsies of melanocitic lesions in patients of both sexes, in addition to dinical data, morphological and immunohistochemical positivity for anti WT1 RESULTS/DISCUSSION: Most melanomas (69.1%) was found in males; 71% of lesions with more than 75% of positive cells (p < 0.001) were melanomas. The dermal and junctional distribution and intensity, showed little difference, especially in the dermis; very large confidence intervals (CI), confirmed the low precision of these variables. Only positivity above 75% of cells, age and sex, showed greater diagnostic chance (Odds Ratio-OR: 3.25; OR: 1; 07 and OR: 241; p = 0.003). The sensitivity and specificity for more than 75% of cells were 57% (48%-65%) and 78.1% (70%-84%) - IC: 95%, respectively. Most nevi showed dermal positivity (focal or diffuse, strong or weak). The melanomas showed greater junctional positivity, similar to previous studies. CONCLUSION: These results showed intermediate accuracy using the anti WT-1, lower than that observed with traditional antibodies; considering this, the insertion of the anti WT1 in a joint panel, may contribute to the diagnostic decision.