Este artigo propõe a artevivência como um processo no qual mulheres negras usariam suas capacidades artísticas para contar, transmitir, refletir, revelar suas próprias percepções da realidade, a partir de sua condição de múltiplas exclusões como mulheres-negras, entendendo que o processo histórico escravista e patriarcal ainda se encontra reproduzido pelas dinâmicas sociais brasileiras. Partindo do conceito de escrevivência e das possibilidades visuais e estéticas de experiências vividas por um núcleo de Arte e Cultura, gestado em uma instituição federal de ensino da cidade do Rio de Janeiro, este artigo registra algumas das subversões curriculares propostas e das possibilidades de falar e produzir arte pelo descolonizar dos conceitos de raça e gênero no ensino de arte. Com isso, o objetivo deste artigo está em apresentar artevivências a partir de uma experiência escolar pautada pela decolonialidade e pela produção artística de mulheres negras, seus resultados e significados na visão de uma estudante negra do Ensino Médio.
This article proposes artevivência as a process in which black women would use their artistic abilities to tell, transmit, reflect, reveal their own perceptions of reality, based on their condition of multiple exclusions as black women, understanding that the historical process of slavery and patriarchy is still reproduced by Brazilian social dynamics. Starting from the concept of escrevivência and the visual and aesthetic possibilities of experiences lived by an Art and Culture nucleus created in a federal educational institution in the city of Rio de Janeiro, this article records some of the proposed curricular subversions and the possibilities of speaking and produce art by decolonizing the concepts of race and gender in art teaching. Therefore, the objective of this article is to present art-experiences based on a school experience guided by decoloniality and the artistic production of black women, their results and meanings from the perspective of a black high school student.
Este artículo propone la artevivência como un proceso en el que las mujeres negras utilizarían sus habilidades artísticas para contar, transmitir, reflexionar, revelar sus propias percepciones de la realidad, a partir de su condición de múltiples exclusiones como mujeres negras, entendiendo que el proceso histórico de esclavitud y patriarcado todavía se reproduce en la dinámica social brasileña. A partir del concepto de escrevivência y de las posibilidades visuales y estéticas de las experiencias vividas por un núcleo de Arte y Cultura creado en una institución educativa federal de la ciudad de Río de Janeiro, este artículo registra algunas de las subversiones curriculares propuestas y las posibilidades de hablar y producir arte descolonizando los conceptos de raza y género en la enseñanza del arte. Por lo tanto, el objetivo de este artículo es presentar arte-experiencias basadas en una experiencia escolar guiada por la decolonidad y la producción artística de mujeres negras, sus resultados y significados desde la perspectiva de una estudiante negra de secundaria.