Os Tradutores e Intérpretes Educacionais de Língua de Sinais e Português (TIELSP) utilizam diferentes articuladores manuais e não-manuais das línguas gestuais-visuais para incorporar características da normatização científica ao conceito visualmente representado, tal como as unidades do Sistema Internacional de medidas expressas em letras maiúsculas. Dessa forma, discutiremos a relevância desses articuladores na Educação em Ciências, sobretudo para atribuir sentido a tais unidades, buscando um correto entendimento dessas representações. Consideramos a importância de as unidades serem adequadamente representadas em língua de sinais, assegurando o direito linguístico dos surdos no acesso ao conhecimento científico. Assim, esta pesquisa traz uma abordagem qualitativa-exploratória, com exemplos oriundos das Ciências e relacionados às experiências de um TIELSP na tradução de materiais didáticos e na sua atuação com as disciplinas nas áreas de Ciências Naturais e Engenharia. Concluímos que a sinalização das unidades de medidas pode ser uma das estratégias tradutórias e interpretativas capazes de promover a significação junto aos surdos, principalmente quando se ensina conteúdos científicos que demandam precisão na sua forma de expressão, devido às representações padronizados nas Ciências. Por fim, este estudo pode favorecer um maior entendimento dos conceitos científicos pelos estudantes surdos a partir da formação e atuação dos TIELSP e professores no âmbito das Ciências em geral.
Educational Sign Language Translators and Interpreters (ESLTIs) use manual and nonmanual articulators of sign-visual languages to incorporate characteristics of scientific standardization, e.g., expressing the International System of Units with capital letters. Thus, we discuss the relevance of these articulators in Science Education, especially in terms of meaning-making and in a way to express a correct understanding of such representations. Considering the importance of representing these units correctly in sign language, to ensure the linguistic right of the deaf to access knowledge, we characterize this research as a qualitative-exploratory approach, in which examples from sciences are used and related to the experiences of ESLIs in the translation of classroom materials and in their performance with disciplines of natural sciences and engineering. We conclude that signaling these units of measurement can promote meaning-making among deaf students, especially when they are taught scientific content that requires precision for structuring conceptual expressions, as long as they demand standardized modes of representation. Finally, this research can favor a greater understanding of scientific concepts among deaf students from the training and performance of ESLIs and science teachers in general.