Aspectos do conhecimento para ensinar Matemática a estudantes com síndrome de Down suscitados em uma comunidade de professoras

Educação Matemática Pesquisa

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ISSN: 19833156
Editor Chefe: Saddo Ag Almouloud
Início Publicação: 04/02/1999
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Matemática, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Aspectos do conhecimento para ensinar Matemática a estudantes com síndrome de Down suscitados em uma comunidade de professoras

Ano: 2023 | Volume: 25 | Número: 4
Autores: N. E. W. Tabaka, F. A. Borges, E. J. G. Estevam
Autor Correspondente: N. E. W. Tabaka | neusatabaka@gmail.com

Palavras-chave: Educação Especial, Educação Matemática Inclusiva, Formação de Professores, Síndrome de Down

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A pesquisa apresentada neste artigo teve por objetivo investigar aspectos do conhecimento para ensinar Matemática a estudantes com Síndrome de Down, suscitados em um contexto formativo de uma Comunidade de Professoras. Nesse sentido, foi assumida a perspectiva qualitativa do tipo pesquisa-intervenção. Para tal, foi constituído um grupo de sete professoras que ensinam Matemática para estudantes com Síndrome de Down, atuantes tanto em escola na modalidade de Educação Especial quanto em escola comum. O grupo relacionou-se de maneira síncrona e assíncrona, considerando que a formação ocorreu antes e depois do início da Pandemia causada pela Covid-19. Para a produção dos dados, foram utilizadas gravações em áudio, anotações da pesquisadora em diário de campo e registros de interações em um grupo de WhatsApp. As análises das informações produzidas foram orientadas por três aspectos emergentes do conjunto dos dados: a) Síndrome de Down, potencialidades e dificuldades relacionadas à Matemática; b) conhecimento do conceito (número) para o ensino e a aprendizagem de estudantes com Síndrome de Down (SD); e c) adaptação curricular e o uso de materiais multissensoriais. Como conclusão, destaca-se que ações formativas pautadas em uma Comunidade de Professores possibilitam um plano de trabalho flexível, conduzindo o professor a pensar o ensino de Matemática considerando as dificuldades, habilidades e motivações específicas do estudante com SD, com valorização das diferentes visões dos professores e da importância de compartilhar seus conhecimentos e experiências, atendendo as necessidades que emergem do grupo, articulando seus interesses e práticas.



Resumo Inglês:

The research presented in this article aimed to investigate aspects of knowledge for teaching Mathematics to students with Down Syndrome, raised in a training context of a Community of Teachers. In this sense, a qualitative perspective of the research-intervention type was adopted. To this end, a group of seven teachers was formed who teach Mathematics to students with Down Syndrome, working both in Special Education schools and in regular schools. The group interacted synchronously and asynchronously, considering that the training took place before and after the start of the Pandemic caused by Covid-19. To produce the data, audio recordings, the researcher's notes in a field diary and records of interactions in a WhatsApp group were used. The analyzes of the information produced were guided by three aspects emerging from the data set: a) Down Syndrome, potentialities and difficulties related to Mathematics; b) knowledge of the concept (number) for teaching and learning students with Down Syndrome (DS); and c) curricular adaptation and the use of multisensory materials. In conclusion, it is highlighted that training actions based on a Community of Teachers enable a flexible work plan, leading the teacher to think about teaching Mathematics considering the specific difficulties, skills and motivations of the student with DS, valuing the different views of students. teachers and the importance of sharing their knowledge and experiences, meeting the needs that emerge from the group, articulating their interests and practices.



Resumo Espanhol:

La investigación presentada en este artículo tuvo como objetivo investigar aspectos del conocimiento para la enseñanza de Matemáticas a estudiantes con Síndrome de Down, planteados en un contexto de formación de una Comunidad de Profesores. En este sentido, se adoptó una perspectiva cualitativa del tipo investigación-intervención. Para ello se conformó un grupo de siete docentes que imparten Matemáticas a estudiantes con Síndrome de Down, trabajando tanto en escuelas de Educación Especial como en escuelas regulares. El grupo interactuó de forma sincrónica y asincrónica, considerando que la capacitación se realizó antes y después del inicio de la Pandemia provocada por el Covid-19. Para producir los datos se utilizaron grabaciones de audio, notas del investigador en un diario de campo y registros de interacciones en un grupo de WhatsApp. Los análisis de las informaciones producidas fueron guiados por tres aspectos surgidos del conjunto de datos: a) Síndrome de Down, potencialidades y dificultades relacionadas con la Matemática; b) conocimiento del concepto (número) para la enseñanza y el aprendizaje de estudiantes con Síndrome de Down (SD); yc) adaptación curricular y uso de materiales multisensoriales. En conclusión, se destaca que las acciones formativas basadas en una Comunidad de Profesores posibilitan un plan de trabajo flexible, llevando al docente a pensar la enseñanza de Matemáticas considerando las dificultades, habilidades y motivaciones específicas del estudiante con SD, valorando las diferentes visiones de los estudiantes. docentes y la importancia de compartir sus conocimientos y experiencias, atendiendo las necesidades que emergen del grupo, articulando sus intereses y prácticas.



Resumo Francês:

La recherche présentée dans cet article visait à étudier les aspects des connaissances pour l'enseignement des mathématiques aux élèves trisomiques, élevés dans le contexte de formation d'une communauté d'enseignants. En ce sens, une perspective qualitative de type recherche-intervention a été adoptée. À cette fin, un groupe de sept enseignants a été formé pour enseigner les mathématiques aux élèves trisomiques, travaillant à la fois dans des écoles d'éducation spécialisée et dans des écoles ordinaires. Le groupe a interagi de manière synchrone et asynchrone, étant donné que la formation a eu lieu avant et après le début de la pandémie provoquée par Covid-19. Pour produire les données, des enregistrements audio, les notes du chercheur dans un journal de terrain et les enregistrements des interactions dans un groupe WhatsApp ont été utilisés. Les analyses des informations produites ont été guidées par trois aspects émergeant de l'ensemble des données : a) Syndrome de Down, potentialités et difficultés liées aux mathématiques ; b) connaissance du concept (nombre) pour l'enseignement et l'apprentissage des étudiants trisomiques (DS) ; et c) l'adaptation des programmes scolaires et l'utilisation de matériels multisensoriels. En conclusion, il est souligné que les actions de formation basées sur une communauté d'enseignants permettent un plan de travail flexible, amenant l'enseignant à réfléchir à l'enseignement des mathématiques en tenant compte des difficultés, des compétences et des motivations spécifiques de l'élève atteint de DS, en valorisant les différents points de vue des élèves. les enseignants et l'importance de partager leurs connaissances et leurs expériences, de répondre aux besoins qui émergent du groupe, d'articuler leurs intérêts et leurs pratiques.