As estratégias neoliberais estão reiteradamente buscando novas opções para utilização de mecanismos democráticos a favor dos interesses capitalistas visando reconstruir suas formas de dominação. Na expectativa de manutenção de hegemonia, tais estratégias podem fragilizar toda concepção teórica de proteção social, legalmente conquistada, quando utilizadas organizações não-governamentais para a desresponsabilização estatal. O presente artigo discute, a partir dos dados oficiais e paradigmas teóricos existentes, a atuação da rede privada de assistência social e as consequências do hibridismo legal relacionadas ao financiamento público, visando provocar reflexões sobre as contradições que envolvem benefÃcios e os danos da atuação das entidades no atendimento socioassistencial.