O artigo apresenta uma breve reflexão sobre o pensamento sociológico de Gramsci e a Escola Unitária, discutindo-a no contexto das políticas educacionais que configuraram a reforma da educação básica da década de 1990, no Brasil, como uma possibilidade de proposta contra-hegemônica ao projeto educacional neoconservador e neoliberal que as caracterizam. O foco dessa discussão está nos programas de aceleração da aprendizagem que segundo a perspectiva de análise adotada contribui, cada vez mais, com a ampliação da desigualdade social e a dualidade escolar, ampliando o fosso educacional existente entre as classes favorecidas economicamente e as classes trabalhadoras.