O objetivo do presente artigo é analisar o impacto das desigualdades raciais nos estágios iniciais e finais, da trajetória escolar, dos produtores agropecuários no estado de Mato Grosso e no Brasil. A principal fonte de pesquisa foi o Censo Agropecuário do IBGE, realizado em 2017. Por meio dele são retratados os diversos cenários rurais do país, dentre eles a educação e relações raciais, os quais possibilitam diversas reflexões sobre essas temáticas no contexto rural. Nesse sentido, a pergunta problematizadora deste artigo é a seguinte: o que revela o Censo Agro 2017, sobre as desigualdades raciais, nos estágios iniciais e finais da trajetória escolar dos produtores em Mato Grosso e no Brasil? Para responder essa pergunta, foram analisadas as seguintes variáveis: estabelecimentos agropecuários, produtor, cor ou raça, analfabetismo e ensino superior. Trata-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa e qualitativa, sendo que os dados tiveram um olhar ancorado, principalmente, em teóricos como Paulo Freire, Miguel Arroyo, Carlos Hasenbalg e Nelson do Valle Silva. Após a análise, verificou-se que ainda permanecem profundas desigualdades raciais no campo. Constata-se que a população branca representa a maioria nos indicadores mais favoráveis e a população negra nos indicadores menos favoráveis.
This article aims at analyzing the impact of racial inequality in the initial and final stages of school education of farming producers both in the state of Mato Grosso and Brazil. The main data source of this research is the 2017’s Agricultural Census. It portrays the state of affairs in Brazil’s rural life, such as education and race relations, allowing a critical perspective upon such aspects of the rural context. Thus, this article strives to address the following question: “What does the 2017’s Agricultural Census reveal about racial inequalities in the initial and final stages of school education of farmers in the state of Mato Grosso and Brazil?”. To answer this question, the following variables were analyzed: agricultural establishments, producers, race or skin color, literacy level and college education. The research design was based in a quantitative and qualitative approach, underscored by the theoretical framework of Paulo Freire, Miguel Arroyo, Carlos Hasenbalg and Nelson do Valle Silva. The analysis corroborates the persistence of profound inequalities by demonstrating that the majority of favorable indicators benefits the white population, while the majority of the unfavorable is comprised by black people.
El objetivo del presente artículo es analizar el impacto de las desigualdades raciales en las etapas iniciales y finales de la trayectoria escolar de los productores agropecuarios en el estado de Mato Grosso y en Brasil. La principal fuente de investigación fue el Censo Agropecuario del IBGE, realizado en 2017. Este retrata los distintos escenarios rurales del país, entre ellos, la educación y las relaciones raciales, que posibilitan diversas reflexiones sobre estos temas en el contexto rural. De esta manera, la pregunta problematizadora de este artículo es la siguiente: ¿Qué revela el Censo Agro 2017 acerca de las desigualdades raciales en las etapas iniciales y finales de la trayectoria escolar de los productores agropecuarios en Mato Grosso y en Brasil? Para responder a esta pregunta, se analizaron las siguientes variables: establecimientos agropecuarios, productor, color o raza, analfabetismo y educación superior. Esta investigación tiene un enfoque cuantitativo y cualitativo, y los datos fueron analizados con base en teóricos como Paulo Freire, Miguel Arroyo, Carlos Hasenbalg y Nelson do Valle Silva. Después del análisis, se encontró que aún persisten profundas desigualdades raciales en el campo. Se verificó que la población blanca representa la mayoría en los indicadores más favorables y la población negra en los indicadores menos favorables.
