Diálogos entre Educação em Ciências, Educação do Campo e Decolonialidade: uma análise da produção acadêmica brasileira (2002 a 2022)

Revista Brasileira de Educação do Campo

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ISSN: 25254863
Editor Chefe: Gustavo Cunha de Araujo
Início Publicação: 31/07/2016
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Diálogos entre Educação em Ciências, Educação do Campo e Decolonialidade: uma análise da produção acadêmica brasileira (2002 a 2022)

Ano: 2024 | Volume: 9 | Número: Não se aplica
Autores: T. N. da Silva, S. M. Schnorr
Autor Correspondente: T. N. da Silva | thallitans@gmail.com

Palavras-chave: educação em ciências, educação do campo, decolonialidade, saberes tradicionais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esta pesquisa revisa a literatura sobre a interseção entre educação em ciências e educação do campo, focando na presença da decolonialidade e nos conhecimentos/saberes tradicionais do campo em publicações da Revista Brasileira de Educação do Campo (RBEC) e nos anais do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciência (ENPEC) entre 2002 e 2022. O objetivo é investigar como essas temáticas estão representadas nas produções acadêmicas. Foram analisados 98 trabalhos, identificando 50 que abordam a decolonialidade, sendo 29 do ENPEC e 21 da RBEC. Observamos que, embora apenas alguns trabalhos mencionem diretamente a decolonialidade, muitos utilizam termos relacionados, como conhecimentos tradicionais e saberes populares. Os resultados indicam uma significativa presença da decolonialidade, sugerindo uma mudança de paradigma na pesquisa em educação, que começa a valorizar mais as vozes e perspectivas das comunidades do campo. A pesquisa conclui que, apesar dos avanços, ainda há espaço para aprofundar o reconhecimento e a integração dos saberes tradicionais na educação em ciências, promovendo uma educação mais inclusiva e representativa das diversas epistemologias do campo.



Resumo Inglês:

This research reviews the literature on the intersection between science education and rural education, focusing on the presence of decoloniality and traditional knowledge of the countryside in publications from the Brazilian Journal of Rural Education (RBEC) and the proceedings of the National Meeting of Research in Science Education (ENPEC) between 2002 and 2022. The objective is to investigate how these themes are represented in academic productions. A total of 98 works were analyzed, identifying 50 that address decoloniality, with 29 from ENPEC and 21 from RBEC. Although only a few works directly mention decoloniality, many use related terms such as traditional and popular knowledge. The results indicate a significant presence of decoloniality, suggesting a paradigm shift in education research, which begins to value the voices and perspectives of rural communities. The research concludes that despite the advances, there is still room to deepen the recognition and integration of traditional knowledge in science education, promoting a more inclusive and representative education of the diverse epistemologies of the countryside.



Resumo Espanhol:

Esta investigación revisa la literatura sobre la intersección entre la educación en ciencias y la educación rural, centrándose en la presencia de la decolonialidad y los conocimientos/saberes tradicionales del campo en publicaciones de la Revista Brasileña de Educación del Campo (RBEC) y en los anales del Encuentro Nacional de Investigación en Educación en Ciencias (ENPEC) entre 2002 y 2022. El objetivo es investigar cómo se representan estas temáticas en las producciones académicas. Se analizaron 98 trabajos, identificando 50 que abordan la decolonialidad, 29 de ENPEC y 21 de RBEC. Observamos que, aunque solo algunos trabajos mencionan directamente la decolonialidad, muchos utilizan términos relacionados como conocimientos tradicionales y saberes populares. Los resultados indican una presencia significativa de la decolonialidad, sugiriendo un cambio de paradigma en la investigación en educación, que comienza a valorar más las voces y perspectivas de las comunidades rurales. La investigación concluye que, a pesar de los avances, aún hay espacio para profundizar en el reconocimiento y la integración de los saberes tradicionales en la educación en ciencias, promoviendo una educación más inclusiva y representativa de las diversas epistemologías del campo.