Neste artigo, apresentamos uma estratégia pedagógica para o ensino de ferramentas jurídico-administrativas em processos de defesa territorial. Essa estratégia pedagógica é o resultado de uma sistematização de experiências como metodologia de pesquisa para a geração de conhecimento a partir das práticas sociais, epistêmicas/ontológicas e educacionais de defesa territorial. A sistematização de experiências faz parte de uma pesquisa-ação colaborativa realizada em conjunto com o Centro Mexicano de Direito Ambiental (CEMDA) que sistematiza o processo de criação de uma Comunidade de Aprendizagem. Começaremos refletindo sobre a construção do conhecimento que ocorre em movimentos ambientais ou movimentos sociais que concentram suas lutas em demandas socioecológicas e enfrentam conflitos socioambientais. Em seguida, percorreremos o processo metodológico da sistematização interpretativa crítica como metodologia de pesquisa para apresentar a estratégia pedagógica. Em seguida, mostraremos como essa estratégia pedagógica contribui para a descolonização dos direitos humanos e do direito estatal e para pensar o acesso à justiça a partir de uma perspectiva que incorpore a visão das comunidades. Concluiremos convidando para a co-construção de um laboratório jurídico-pedagógico que continue a explorar como esses processos de trabalho conjunto rompem com o conhecimento técnico-jurídico, abraçam a geração coletiva de conhecimento e a pesquisa inter e transdisciplinar.
In this article we present a pedagogical strategy for teaching legal-administrative tools in territorial defense processes. This pedagogical strategy is the result of a systematization of experiences as a research methodology for the generation of knowledge from social, epistemic/ontological and educational practices of territorial defense. The systematization of experiences is part of a collaborative action-research done together with the Mexican Center for Environmental Law that systematizes the process of creating a Learning Community for the Defense of Territory. We will begin by reflecting on the construction of knowledge that occurs in environmental movements or social movements that focus their struggles on socio-ecological claims and face socio-environmental conflicts. Subsequently, we will go through the methodological process of critical interpretative systematization as a research methodology to present the pedagogical strategy. We will then show how this pedagogical strategy contributes to the decolonization of Human Rights and State Law and to think about access to justice from a perspective that adds the vision of the communities. We will conclude by inviting to co-construct a legal-pedagogical laboratory that continues to explore how these co-working processes break down technical legal knowledge, embrace the collective generation of knowledge and inter and transdisciplinary research.
Presentamos en este artículo una estrategia pedagógica para la enseñanza de herramientas jurídico-administrativas en procesos de defensa territorial. Esta estrategia pedagógica es resultado de una sistematización de experiencias como metodología de investigación para la generación de conocimientos desde las prácticas sociales, epistémicas/ontológicas y educativas de defensa territorial. La sistematización de experiencias se enmarca en una investigación-acción-colaborativa hecha junto con el Centro Mexicano de Derecho Ambiental (CEMDA) que sistematiza el proceso de creación de una Comunidad de Aprendizaje. Empezaremos por reflexionar sobre la construcción de saberes que se dan en los movimientos ambientalistas o movimientos sociales que centran sus luchas en las reivindicaciones socio-ecológicas y hacen frente a conflictos socioambientales. Posteriormente haremos un recorrido por el proceso metodológico de la sistematización interpretativa crítica, como metodología de investigación, para presentar la estrategia pedagógica. A continuación mostraremos cómo esta estrategia pedagógica aporta a la descolonización de los Derechos Humanos y el Derecho estatal y a pensar el acceso a la justicia desde una perspectiva que sume la visión de las comunidades. Concluiremos invitando a co-construir un laboratorio jurídico-pedagógico que siga explorando cómo estos procesos de co-labor resquebrajan el saber técnico jurídico, abrazan la generación colectiva de conocimientos y las investigaciones inter y transdisciplinares.