Este artigo enfoca a experiência de construção do IALA-amazônico a partir do curso de especialização em “Educação do Campo, Agroecologia e Questão Agrária na Amazônia”, desenvolvido por meio de uma parceria entre a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará e a Via Campesina. A reflexão aponta alguns deslocamentos analíticos em direção a uma opção decolonial em educação a partir de uma experiência pedagógica conectada política e epistemologicamente às lutas sociais e aos territórios em disputa no sudeste do Pará. A educação como demanda política dos povos do campo transforma o contexto de conflitos em lugar de realização da dinâmica pedagógica que, assim, torna-se parte integrante dos processos de subjetivação política dos sujeitos. O encontro com as lutas sociais transforma-se, também, no reconhecimento das formas de negação das possibilidades de agenciamento epistêmico a sujeitos individuais e coletivos subalternizados, encaminhando a uma opção pela desobediência epistêmica, para restituir ao campo do saber essas experiências desperdiçadas e, assim, ampliar os sentidos da relação entre a universidade e os movimentos sociais, enfrentando as contradições dos processos de institucionalização, ampliando as formas de circulação do conhecimento e o diálogo de saberes.
This article focuses on the experience of building the Amazon IALA, particularly from the specialization course on “Rural Education, Agroecology and Agrarian Issues in the Amazon”, developed in a partnership between the Federal University of South and Southeast Pará and Via Campesina. The reflection points to some analytical shifts towards a decolonial option in education from a pedagogical experience connected politically and epistemologically to the social struggles and disputed territories in southeastern Pará. Education as a political demand of the people of the countryside transforms the context of conflicts rather than the realization of the pedagogical dynamics that thus becomes an integral part of the subjects' political subjectivation processes. The encounter with social struggles also becomes a recognition of the forms of denial of the possibilities of epistemic agency to subaltern individual and collective subjects, leading to an option for epistemic disobedience, to restore these wasted experiences to the field of knowledge and thus, broaden the meanings of the relationship between the university and social movements, facing the contradictions of the institutionalization processes, expanding the forms of knowledge circulation and ensuring the dialogue of knowledge as an effective practice.
Este artículo enfoca la experiencia de construcción del IALA-amazónico, a partir del curso en “Educación del Campo, Agroecología y Problema Agrario en la Amazonía”, desarrollado en asociación entra la Universidad Federal del Sur y Sureste de Pará y la Vía Campesina. La reflexión señala algunos cambios analíticos hacia una opción decolonial desde una experiencia pedagógica, conectada política y epistemológicamente a las luchas sociales y los territorios en disputa en el sureste de Pará. La educación como una demanda política de la gente del campo transforma el contexto de los conflictos en lugar de la realización de la dinámica pedagógica que se convierte así en una parte integral de los procesos de subjetivación política de los sujetos. El encuentro con las luchas sociales también se convierte en un reconocimiento de las formas de negación de las posibilidades del agenciamiento epistémico a sujetos individuales y colectivos subalternos, lo que lleva a una opción de desobediencia epistémica, para restaurar en el campo del conocimiento estas experiencias desperdiciadas y, por lo tanto , amplían los significados de la relación entre la universidad y los movimientos sociales, enfrentando las contradicciones de los procesos de institucionalización, ampliando las formas de circulación del conocimiento y diálogo.