A educação especial e inclusiva nos documentos do Banco Mundial e da UNESCO pós-crise mundial de 2008: orientações políticas para o Brasil

Série-Estudos

Endereço:
Avenida Tamandaré, n. 6000 - Bairro Jardim Seminário
Campo Grande / MS
79117-900
Site: https://www.serie-estudos.ucdb.br/serie-estudos
Telefone: (67) 3312-3598
ISSN: 2318-1982
Editor Chefe: José Licínio Backes
Início Publicação: 12/06/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

A educação especial e inclusiva nos documentos do Banco Mundial e da UNESCO pós-crise mundial de 2008: orientações políticas para o Brasil

Ano: 2023 | Volume: 28 | Número: 62
Autores: G. M. Ferreira, J. A. S. Moreira, M. E. F. Volsi
Autor Correspondente: G. M. Ferreira | gmferreira@uem.br

Palavras-chave: crises, organismos internacionais, políticas de educação especial e inclusiva

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo objetiva analisar as orientações políticas do Banco Mundial (BM) e da UNESCO para a educação especial e a educação inclusiva, na educação básica, para o Brasil, a partir do contexto da crise mundial de 2008 até a crise decorrente da pandemia da covid-19. Trata-se de uma análise documental e qualitativa ancorada no materialismo histórico e dialético e na compreensão de que os documentos de políticas educacionais são produtos e produtores da realidade e expressam os interesses de grupos sociais em disputas. Examina as crises de 2008 e da covid-19 como integrantes da crise estrutural do capital e, portanto, como agravantes de tal crise. Concebe as orientações do BM e da UNESCO para a educação especial e inclusiva, específi cas ou não para o Brasil, como parte de uma agenda global da educação, coordenada pelos organismos internacionais. Essa agenda dissemina um discurso de educação inclusiva dos grupos vulneráveis, como o público-alvo da educação especial, cuja concepção de inclusão se restringe à formação de capital humano para amenizar as desigualdades e os confl itos decorrentes das crises e reproduzir o processo de acumulação do capital.



Resumo Inglês:

This arƟ cle aims to analyze the policy guidelines of the World Bank (WB) and UNESCO for special educaƟ on and inclusive educaƟ on, in basic educaƟ on, for Brazil, from the context of the global crisis of 2008 to the crisis resulƟ ng from the pandemic of covid-19. This is a documentary and qualitaƟ ve analysis anchored in historical and dialecƟ cal materialism and in the understanding that educaƟ onal policy documents are products and producers of reality and express the interests of social groups in disputes. It examines the 2008 and covid-19 crises as integral parts of the structural crisis of capital and, therefore, as aggravaƟ ng factors of such crisis. It conceives the WB and UNESCO guidelines for special and inclusive educaƟ on, specifi c or not for Brazil, as part of a global agenda for educaƟ on, coordinated by internaƟ onal organizaƟ ons. This agenda disseminates a discourse of inclusive educaƟ on for vulnerable groups, such as the target audience of special educaƟ on, whose concepƟ on of inclusion is restricted to the training of human capital to miƟ gate inequaliƟ es and confl icts arising from the crises and reproduce the process of capital accumulation.



Resumo Espanhol:

Este arơ culo Ɵ ene como objeƟ vo analizar las directrices políƟ cas del Banco Mundial (BM) y de la UNESCO para la educación especial y la educación inclusiva, en la educación básica, para Brasil, desde el contexto de la crisis mundial de 2008 hasta la crisis resultante de la pandemia del covid-19. Se trata de un análisis documental y cualitaƟ vo anclado en el materialismo histórico y dialécƟ co y en la comprensión de que los documentos de políƟ ca educaƟ va son productos y productores de realidad y expresan los intereses de los grupos sociales en disputa. Examina las crisis de 2008 y la covid-19 como parte de la crisis estructural del capital y, por lo tanto, como agravantes de dicha crisis. Las directrices del BM y de la UNESCO para la educación especial e inclusiva, específi cas o no para Brasil, forman parte de una agenda global para la educación, coordinada por organizaciones internacionales. Esta agenda difunde un discurso de educación inclusiva de grupos vulnerables, como el público objeƟ vo de la educación especial, cuya concepción de inclusión se restringe a la formación de capital humano para miƟ gar las desigualdades y confl ictos derivados de las crisis y reproducir el proceso de acumulación de capital.