O objetivo deste artigo foi o de analisar as influências propostas pelo Marco de Ação da Educação 2030 nas Resoluções n. 02/2019 e n. 01/2020 do Conselho Nacional de Educação (CNE) para formação inicial e continuada de professores. As propostas foram acordadas no Fórum Mundial de Educação (2015), realizado por organismos internacionais e que teve o Brasil como um de seus signatários. Foi realizada a análise da legislação educacional e dos documentos:“Declaração de Incheon e Marco de Ação para a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável” (2016); Plano Nacional de Educação (BRASIL, 2014); Resoluções CNE n. 02/2015, n. 02/2019 e n. 01/2020; e Base Nacional Comum Curricular (2017 e 2018).A partir das propostas de reformulação implantadas pós-Incheon, é possível perceber diversas modifi cações no projeto educacional para atender às demandas globais de adequação tecnológica, de formação de mão de obra e de colaborações e parcerias com o setor privado. Novas diretrizes foram publicadas sem a devida discussão ou participação da sociedade, mesmo que o documento supranacional alegue apoiar a luta pelo direito à participação de todas as partes interessadas. As resoluções atuais descaracterizam o trabalho docente como atividade de formação humana, suprimem a autonomia das instituições de Ensino Superior e deixam clara a intenção de assegurar a manutenção das relações de produção.
The purpose of this arƟ cle was to analyze the infl uences proposed by the EducaƟ on 2030 Framework for AcƟ on in the ResoluƟ ons n. 02/2019 e n. 01/2020 of the NaƟ onal Board of EducaƟ on (CNE) about iniƟ al and conƟ nuing educaƟ on for teachers. The proposals were agreed in the World EducaƟ on Forum (2015), carried out by internaƟ onal organizaƟ ons, with Brazil as one of its signatories. An analysis was made of the educaƟ onal legislaƟ on and the documents: Incheon DeclaraƟ on and Framework for AcƟ on for the implementaƟ on of the Sustainable Goals (2016), NaƟ onal EducaƟ on Plan (BRASIL, 2014), NaƟ onal Board of EducaƟ on ResoluƟ ons n. 02/2015, n. 2/2019, and n. 01/2020, and NaƟ onal Curricular Basis (2017 and 2018). Based on the proposals to reformulaƟ on implanted post-Incheon, it is possible to noƟ ce several changes in the educaƟ onal project to meet global demands for technological adequacy, workforce training, collaboraƟ ons, and partnerships with the private sector. New guidelines were published without the discussion or parƟ cipaƟ on of society, even if the supranaƟ onal document claims to support the fi ght for the right to parƟ cipate of all interested parƟ es. Current resoluƟ ons remove the human formaƟ on acƟ vity from the teaching work, suppress the autonomy of higher educaƟ on insƟ tuƟ ons and make clear the intenƟ on to ensure the maintenance of relaƟ ons of producƟ on.
El objeƟ vo de este arơ culo fue analizar las infl uencias propuestas por el Marco de Acción de la Educación 2030 en las Resoluciones n. 02/2019 y n. 01/2020 del Consejo Nacional de Educación (CNE) sobre formación inicial y conƟ nua de profesores. Las propuestas fueron acordadas en el Foro Mundial de Educación (2015), realizado por organismos internacionales y que tuvo a Brasil como uno de sus signatarios. Fue realizado un análisis de la legislación educaƟ va y de los documentos: “Declaración de Incheon y Marco de Acción para la implementación del ObjeƟ vo de Desarrollo Sustentable” (2016); Plan Nacional de Educación (BRASIL, 2014); Resoluciones CNE n. 02/2015, n. 02/2019 y n. 01/2020; y Base Nacional Común Curricular (2017 y 2018). A parƟ r del análisis de las propuestas de reformulación, implantadas post-Incheon, es posible percibir diversas modifi caciones en el proyecto educaƟ vo para atender las exigencias globales de adecuación tecnológica, de formación de mano de obra y de colaboraciones y parcerías con el sector privado. Nuevas directrices fueron publicadas sin la debida discusión o parƟ cipación de la sociedad, aunque el documento supranacional declare apoyar la lucha por el derecho a la parƟ cipación de todas las partes interesadas. Las resoluciones actuales desmontan el trabajo docente como acƟ vidad de formación humana, quitando la autonomía de las InsƟ tuciones de Educación Superior, dejando clara la intención de asegurar el mantenimiento de las relaciones de producción.