A partir da leitura hermenêutica do conto "O segredo do Bonzo", de Machado de Assis, o presente artigo buscará refletir sobre o negacionismo ambiental na atualidade, trazendo conceitos de imaginário, real e ilusão presentes na obra de Clément Rosset e Gilbert Durand. Com base nas leituras é introduzida a reflexão das possibilidades de atuação da educação ambiental para fazer frente ao movimento de negação da emergência das questões ambientais. A metodologia empregada é bibliográfica, exploratória e pautada pela perspectiva filosófica e hermenêutica. Como resultados, a pesquisa apontou que o negacionismo climático constrói-se do mesmo modo que a ilusão no conto machadiano, por meio da substituição de um dado concreto e desagradável por uma opinião que condiz com o desejo. Uma educação ambiental que se quer transformadora terá de enfrentar o desafio de desfazer ilusões e propor um imaginário que ajude a compreender efetivamente a realidade.
From the hermeneutics reading of the short story “O segredo do Bonzo”, of Machado de Assis, this article will pursue the reflection about climate change denial nowadays, bringing concepts of imaginary, real and illusion found in the work of Clément Rosset and Gilbert Durand. Based on the readings, a reflection on the possibilities of action of environmental education is introduced facing the movement to deny the emergence of environmental issues. The methodology used is bibliographical, exploratory and guided by a philosophical and hermeneutic perspective. As a result, the research pointed out that climate denialism is built in the same way as the illusion in Machado's tale, by replacing a concrete and unpleasant fact with an opinion that matches the desire. An environmental education that wants to transform the environment will have to face the challenge of dispelling illusions and proposing an imaginary that helps to effectively understand reality.
A partir de la lectura hermenéutica del cuento “O segredo do Bonzo”, de Machado de Assis, este artículo hace una reflexión sobre la negación del cambio climático en la actualidad, aportando conceptos de imaginario, real e ilusión que se encuentran en la obra de Clément Rosset y Gilbert Durand. A partir de las lecturas, se introduce una reflexión sobre las posibilidades de acción de la educación ambiental para combatir al movimiento que niega el surgimiento de la problemática ambiental. La metodología es bibliográfica, exploratoria y guiada por una perspectiva filosófica y hermenéutica. Como resultado, la investigación señaló que la negación del clima se construye de la misma manera que la ilusión del cuento machadiano, reemplazando un hecho concreto y desagradable por una opinión acorde con el deseo. Una educación ambiental que quiera transformar el medio ambiente tendrá que afrontar el reto de disipar ilusiones y proponer un imaginario que ayude a comprender eficazmente la realidad.