O artigo tem como objetivo debater os desafios que se colocam ao ensino superior no contexto pandêmico e de ensino remoto emergencial (ERE), partindo da realidade vivenciada na formação graduada presencial em Serviço Social, em uma instituição pública estadual. Foram utilizadas as resoluções e normativas sobre o ERE, aprovadas pelas instâncias colegiadas da Universidade, além de documentos/relatórios produzidos pelo Colegiado do Curso de Serviço Social e Núcleo Docente Estruturante (NDE) em relação ao monitoramento do ERE e do levantamento realizado pela ABEPSS com os cursos de Serviço Social no Brasil. Diante do contexto, pode-se afirmar que a pandemia agravou a precarização já vivenciada e abriu espaço para instalação massiva do ensino a distância. O curso de Serviço Social teve que seguir orientações instituições e aderir ao ensino remoto emergencial, enquanto única possibilidade de manter sua direção de defesa da vida. A partir dos dados levantados, evidencia-se que houve implicações diretas no trabalho docente, na organização das atividades acadêmicas e na condição de vida e saúde mental dos discentes.
This article discusses the challenges facing higher education in the context of the pandemic and emergency remote learning (ERE), based on the reality experienced in in-person undergraduate social work programs at a state public institution. The resolutions and regulations on ERE, approved by the university's collegiate bodies, were used, as well as documents/reports produced by the Social Work Program Board and the Core Faculty (NDE) regarding ERE monitoring and the survey conducted by ABEPSS of social work programs in Brazil. Given this context, it can be stated that the pandemic exacerbated the precariousness already experienced and paved the way for the widespread implementation of distance learning. The Social Work program had to follow institutional guidelines and adopt emergency remote learning as the only way to maintain its life-saving mission. The data collected demonstrates direct implications for teaching, the organization of academic activities, and the living conditions and mental health of students.