O exercício da docência para ensinar matemática: o “mesmo do mesmo” e o “imperativo da falta”

Série-Estudos

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ISSN: 2318-1982
Editor Chefe: José Licínio Backes
Início Publicação: 12/06/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

O exercício da docência para ensinar matemática: o “mesmo do mesmo” e o “imperativo da falta”

Ano: 2022 | Volume: 27 | Número: 61
Autores: D. S. Boff, M. C. C. Pozzobon, C. J. Oliveira
Autor Correspondente: D. S. Boff | daiane.boff@caxias.ifrs.edu.br

Palavras-chave: professores que ensinam Matemática, Ensino Fundamental, pandemia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo trata da(s) docência(s) de professores que ensinam Matemática nos anos finais do Ensino Fundamental. A reflexão apresentada emerge de uma pesquisa que investigou: o que dizem os professores que ensinam Matemática em tempos de pandemia sobre a docência nos anos finais do Ensino Fundamental? e de que forma esses ditos provocam outros modos de pensar a docência? O material de pesquisa foi gerado por meio de questionário on-line pensado para entender o exercício docente em tempos pandêmicos e não pandêmicos. A analítica empreendida mostra que as docências em tempos de pandemia, sobretudo no ensino remoto, tendem a reproduzir o mesmo modo ritualizado do ensino presencial e a potencializar o que nomeamos de “imperativo da falta”: falta de interesse, de participação, de compreensão da linguagem matemática, de acesso à Internet. A partir disso, destaca-se a importância do tempo para o exercício do pensamento e para a produção de experiências que toquem e transformem a vida, de modo que o ser-fazer da docência seja compreendido também como uma potência humanizadora.



Resumo Inglês:

This arƟ cle deals with the teaching pracƟ ce(s) of teachers who teach MathemaƟ cs in the fi nal years of Elementary School. The refl ecƟ on presented emerges from research that invesƟ gated: what teachers who teach MathemaƟ cs say in Ɵ mes of pandemics about teaching in the fi nal years of Elementary School? and how do these sayings provoke other ways of thinking about teaching? The research material was generated through an online quesƟ onnaire designed to understand the teaching pracƟ ce in pandemic and non-pandemic Ɵ mes. The analysis undertaken shows that teaching in Ɵ mes of pandemics, especially in remote educaƟ on, tends to reproduce the same ritualized mode of classroom teaching and to enhance what we call the “imperaƟ ve of defi cit”: defi cit of interest, of parƟ cipaƟ on, of understanding of mathemaƟ cal language and of Internet access. From this, the importance of Ɵ me for the exercise of thought and for the producƟ on of experiences that touch and transform life is highlighted, so that the being-doing of teaching is also understood as a humanizing power.



Resumo Espanhol:

Este arơ culo refl ete sobre la(s) docencias(s) de los profesores que enseñan MatemáƟ cas en los úlƟ mos años de la Enseñanza Fundamental. El estudio que se presenta surge de una invesƟ gación que buscó posibles respuestas para las preguntas: ¿qué dicen los docentes que enseñan MatemáƟ cas en Ɵ empos de pandemia sobre la enseñanza en los úlƟ mos años de la Enseñanza Fundamental? Y ¿cómo estos dichos provocan otras formas de pensar la enseñanza? El material de invesƟ gación se generó a través de un cuesƟ onario en línea diseñado para comprender la prácƟ ca docente en Ɵ empos de pandemia y no pandemia. El análisis realizado muestra que la enseñanza en Ɵ empos de pandemia, especialmente en la enseñanza a distancia, Ɵ ende a reproducir la misma forma ritualizada de la enseñanza presencial y a potenciar lo que llamamos el “imperaƟ vo de falta”: falta de interés, de parƟ cipación, de comprensión de lenguaje matemáƟ co, de acceso a Internet. A parƟ r de ahí, se destaca la importancia del Ɵ empo para el ejercicio del pensamiento y para la producción de experiencias que toquen y transformen la vida, de modo que el ser-hacer del enseñar sea entendido también como potencia humanizadora.