O movimento higienista como política pública: aspectos históricos e atuais da medicalização escolar no Brasil

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ISSN: 1519-9029
Editor Chefe: Sebastião de Souza Lemes; Ricardo Ribeiro; José Anderson Santos Cruz
Início Publicação: 31/12/2000
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

O movimento higienista como política pública: aspectos históricos e atuais da medicalização escolar no Brasil

Ano: 2017 | Volume: 21 | Número: 1
Autores: Fabiola Colombani, Raul Aragão Martins
Autor Correspondente: Fabiola Colombani | fabicolombani@hotmail.com

Palavras-chave: medicalização, políticas públicas, biopolítica, educação, medicalización, política pública, biopolítica, educación, medicalization, public policies, biopolitics, education

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo faz uma discussão acerca da medicalização escolar presente no mundo contemporâneo e sua relação com o movimento higienista implantado como política pública no início do século XX, como também, a participação dos laboratórios farmacêuticos no crescente aumento do uso de psicotrópicos na infância. A união composta entre a saúde e a educação produz um olhar biologizante que estigmatiza e individualiza àqueles que apresentam dificuldades no âmbito escolar. Respaldados por uma visão hegemônica, tal prática sustenta uma maquinaria proveniente de uma tecnologia política que domina e abre brechas para a governamentalidade. Assim, este trabalho destina-se a discutir o processo de patologização e medicalização da infância e suas implicações no campo das políticas públicas à luz da teoria Genealógica de Michel Foucault, que por meio da Biopolítica faz uma crítica alusiva à escola por essa tendência em desrespeitar as subjetividades com condutas policialescas “em defesa” de uma sociedade que desconsidera as relações interpessoais e se posiciona como um aparato regulamentador. 



Resumo Inglês:

This article discusses the medicalization on the school, which is present in the contemporary world and have a relationship with the hygienist movement implanted as public policy in the early twentieth century, as well as the participation of pharmaceutical laboratories in the growing increase in the use of psychotropic drugs in childhood. The union between health and education produces a biological vision that stigmatizes and individualises those who present difficulties in the school environment. Thus, this work aims to discuss the process of pathologization and medicalization of childhood and its implications in the field of public policies in the light of Genealogical Theory of Michel Foucault, who through Biopolitics makes a critique allusive to the school for this tendency to disrespect the subjectivities with police conducts "in defense" of a society that disregards interpersonal relations and positions itself as a regulatory apparatus.



Resumo Espanhol:

Este artículo hace una discusión sobre la medicalización escolar presente en el mundo contemporáneo y su relación con el movimiento higienista implantado como política pública a principios del siglo XX, así como la implicación de laboratorios farmacéuticos en el creciente aumento en el uso de psicotrópicos en la niñez. La Unión compuesta por la salud y la educación produce una mirada biologizante que estigmatiza e individualiza a quienes presentan dificultades en la escuela. Respaldada por una visión hegemónica, esta práctica sustenta la maquinaria de una tecnología política que domina y abre lagunas para el gobierno. Así, este trabajo pretende debatir el proceso de Patologização y medicalización de la niñez y sus implicaciones en el campo de las políticas públicas a la luz de la teoría genealógica de Michel Foucault, que a través de la biopolítica se hace una crítica a la escuela para esta tendencia a ignorar las subjetividades con conductos Policialescas "en defensa" de una sociedad que ignora las relaciones interpersonales y se posiciona como un aparato regulador.