Este artigo focaliza o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e mais estritamente a constituição da identidade desses sujeitos pertencentes ao movimento, buscando vislumbrar o movimento social como princípio formativo. Por meio de um levantamento bibliográfico, discutiu-se como os movimentos sociais se constituem em uma conjuntura de disputa, sendo, essencialmente, processos político-sociais. É importante destacar que o MST nasce das lutas concretas de sujeitos que, ao viverem essas lutas na pele, se rebelaram contra os processos de exclusão, engendrados pelo modelo capitalista neoliberal. Por meio da luta pela terra e de sua dinâmica de organização e de iniciativas, pautadas na coletividade e no pertencimento ao movimento social, o MST apresenta a possibilidade de construção de um novo projeto popular de desenvolvimento para o país. A formação dos sujeitos sem-terra se dá nas vivências dentro do movimento, na experiência da luta e da organização coletiva, que lhes conferiram um sentido maior que o individual e os inseriram numa perspectiva comum de vida. Por isso, falar sobre um projeto educativo do/para o campo significa pensar nos sujeitos que lutam e trabalham na terra, e veem nela sua vida e seu trabalho. A formação neste contexto é um fazer-se humano, um ser que constrói e é construído em um movimento de luta social.
This paper discuss the Landless Workers Movement (MST), and the constitution of the identity of these subjects belonging to the movement, seeking to envision the social movement as a formative principle. Through a bibliographic survey, it was discussed how social movements are constituted in a conjuncture of dispute, being essentially, political-social processes. We emphasize that the MST is born from concrete struggles, from subjects who, by living in their skin, rebelled against the processes of exclusion, engendered by the neoliberal capitalist model. Through the struggle for land and its dynamics of organization and initiatives, based on collectivity and belonging to the social movement, the MST presents the possibility of building a new popular development project for the country. The formation of landless subjects takes place in the experiences within the movement, which gives them a greater meaning than the individual, and inserts them into a common perspective of life, and thus, talking about an educational project from/to the countryside, it means thinking about the subjects who fight and work on the land, and see their life and work in it. The formation in this context is a human doing, which builds and is built in a movement, of social struggle.
Este artículo se centra en el Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST), y en la constitución de la identidad de estos sujetos pertenecientes al movimiento, buscando visualizar el movimiento social como principio formativo. A través de un levantamiento bibliográfico, se discutió cómo los movimientos sociales se constituyen en un contexto de disputa, siendo esencialmente procesos político-sociales. Resaltamos en el texto que el MST nace de luchas concretas, de sujetos que viviendo en su piel, se rebelaron contra los procesos de exclusión engendrados por el modelo capitalista neoliberal. A través de la lucha por la tierra y su dinámica de organización e iniciativas, el MST presenta la posibilidad de construir un nuevo proyecto de desarrollo popular para el país. La formación de sujetos sin tierra se da en las vivencias dentro del movimiento, que les otorga un sentido mayor que el individual y los inserta en una perspectiva común de vida, y así, hablando de un proyecto educativo desde/hacia el campo, significa pensar en los sujetos que luchan y trabajan en la tierra, y ven en ella su vida y trabajo. La formación en este contexto es un hacer humano, que construye un movimiento de lucha social.