Neste artigo realizamos uma revisão da literatura acerca de como os conceitos de Perfil Conceitual, proposto por Eduardo Mortimer, e Perfil Epistemológico, desenvolvido por Gaston Bachelard, estão sendo utilizados pela comunidade do Ensino de Ciências. Em sua gênese, o Perfil Epistemológico caracterizou as zonas filosóficas do conhecimento científico e suas transformações, enquanto o Perfil Conceitual focou na evolução das ideias e na interação com o contexto social e cultural. As diferenças entre as proposições desses perfis e seus empregos nas pesquisas revisadas revelaram tensões teóricas e metodológicas, principalmente na relação entre epistemologia e pedagogia. De tais elementos, emerge a ideia de que, em certa medida, o uso desses conceitos tem sido desenvolvido com alguns abusos e confusões, “ruídos” que o presente texto busca problematizar.
