Este texto objetiva apresentar práticas de leitura e escrita de mulheres camponesas com pouca escolarização. O estudo insere-se no quadro de pesquisas sobre os modos de participação nas práticas culturais relacionadas à leitura e à escrita por meio de distintas instâncias de socialização. Ele surgiu do pressuposto de que não existe uma cultura escrita já dada, mas sim uma diversidade de culturas do escrito que variam em função do contexto de uso e aprendizagem e não são exclusivamente dependentes da língua escrita baseada no sistema alfabético. A metodologia de investigação seguiu uma orientação dos pressupostos qualitativos de pesquisa. Utilizou-se história oral, diário de campo constituído a partir dos eventos de letramento observados nas CEBs e entrevistas, com a finalidade de identificar formas de acesso e apropriação de materiais escritos. Além disso, apresentam-se os significados, os papéis e as concepções que as líderes das CEBs atribuem à leitura e à escrita, especificamente a partir de algumas histórias de apropriação. Por intermédio dos procedimentos adotados na análise dos dados, foi possível interpretar que as diferentes formas de participação nas culturas do escrito dessas mulheres se pautam na mediação entre o oral e o escrito.
This text aims to present practices of reading and writing of peasant women with little schooling. The study is part of the research on the ways of participating in cultural practices related to reading and writing through different instances of socialization. It arose from the assumption that there is no written culture yet, but rather a diversity of writing cultures that vary according to the context of use and learning that are not exclusively dependent on written language based on the alphabetic system. The research methodology followed an orientation of the qualitative research presuppositions. We used oral history, a field diary made up of the literacy events observed in the CEBs and interviews, in order to identify forms of access and appropriation of written materials. In addition, the meanings, roles, and conceptions that CEB leaders attribute to reading and writing are presented, specifically from some appropriation histories. Through the procedures adopted in the analysis of the data it was possible to interpret that the different forms of participation in the writing cultures of these women are based on the mediation between the oral and the written.
Este texto objetiva presentar prácticas de lectura y escritura de mujeres campesinas con poca escolarización. El estudio se inserta en el marco de investigaciones acerca de los modos de participación en las prácticas culturales relacionadas a la lectura ya la escritura por medio de distintas instancias de socialización. El surgió del supuesto de que no existe una cultura escrita ya dada, sino una diversidad de culturas del escrito que varían en función del contexto de uso y aprendizaje que no son exclusivamente dependientes de la lengua escrita basada en el sistema alfabético. La metodología de investigación siguió una orientación de los presupuestos cualitativos de investigación. Se utilizó historia oral, diario de campo constituido a partir de los eventos de letramento observados en las CEBs y entrevistas, con la finalidad de identificar formas de acceso y apropiación de materiales escritos. Además, se presentan los significados, los papeles y las concepciones que las líderes de las CEBs atribuyen a la lectura ya la escritura, específicamente a partir de algunas historias de apropiación. Por intermedio de los procedimientos adoptados en el análisis de los datos fue posible interpretar que las diferentes formas de participación en las culturas del escrito de esas mujeres se basan en la mediación entre lo oral y lo escrito.