Este ensaio teórico visa analisar como a Teoria Ator-Rede (TAR) pode contribuir para as pesquisas na área da Educação Matemática, conjecturando o conceito de inscrição por meio do Conhecimento Matemático para o Ensino (CME). Tomamos como referência a TAR, desenvolvida por Bruno Latour e colaboradores, com o intuito de discutir a relação entre humanos e não humanos no viés do CME. Esse termo que vem sendo debatido para permear como um professor faz uso da Matemática no ensino e se diferencia de como outros profissionais a utilizam em suas respectivas tarefas. Para tal discussão, mapeamos as associações entre a TAR e o CME, buscando evidenciar o conceito de inscrição. Concluímos que tanto os humanos quanto os não humanos podem desenvolver procedimentos de inscrição, criar parâmetros que permitam ordenar diferentes relações matemáticas, relações estas que visam à estabilização de redes sociotécnicas, e formar um número cada vez maior de agregados e aliados heterogêneos.
This theoretical essay aims to analyze how Ator-Network Theory (TAR) can contribute to research in the area of Mathematical Education, conjecturing the enrollment concept through the Mathematical Knowledge for Teaching (CME). We take as a reference TAR, developed by Bruno Latour and collaborators, as an attempt to discuss the relationship between humans and non-humans in the CME. This term that we see being debated to permeate how a professor uses Mathematics does not teach and differs from how other professionals use it in their respective tasks. For such discussion, we mapped the associations between TAR and CME, seeking to demonstrate the registration concept. We conclude that both humans and non-humans can develop registration procedures, create parameters that allow us to order different mathematical relationships, relationships that aim to stabilize sociotechnical networks, and form an increasing number of heterogeneous aggregates and allies.
Este ensayo teórico para analizar cómo la Teoria Ator-Rede (TAR) puede contribuir para las pesquisas en el área de la Educación Matemática, conjeturando el concepto de inscripción por medio del Conhecimento Matemático para el Ensino (CME). Tomamos como referencia a TAR, desarrollada por Bruno Latour y colaboradores, con el intuito de discutir a relación entre humanos y não humanos no viés do CME. Esse término que vem sendo debatido para permear como un profesor faz uso da Matemática no ensino y se diferencia de como otros profesionales a utilizar em sus respectivas tarefas. Para tal discusión, mapeamos como asociaciones entre TAR y CME, buscando evidenciar el concepto de inscripción. Concluímos que tanto los humanos como los no humanos podemos desenvolver procedimientos de inscripción, criar parámetros que permitan ordenar diferentes relaciones matemáticas, relaciones estas que visam à estabilização de redes sociotécnicas, y formar un número cada vez mayor de agregados y aliados heterogéneos.
Cet essai théorique vise à analyser comment la théorie Ator-Network (TAR) peut contribuer à la recherche dans le domaine de l'éducation aux mathématiques, en conjecturant le concept d'inscription à travers les connaissances mathématiques pour l'enseignement (CME). Nous prenons comme référence TAR, développé par Bruno Latour et ses collaborateurs, dans le but de discuter de la relation entre humains et non-humains en dehors de la CME. Ce terme fait l’objet de débats pour comprendre comment un enseignant utilise les mathématiques et en quoi il diffère de la façon dont d’autres professionnels l’utilisent dans leurs tâches respectives. Pour cette discussion, nous avons cartographié les associations entre TAR et CME, cherchant à mettre en évidence le concept d’enregistrement. Nous concluons que les humains et les non-humains peuvent développer des procédures d’enregistrement, créer des paramètres qui permettent d’ordonner différentes relations mathématiques, des relations qui visent à stabiliser les réseaux sociotechniques, et former un nombre toujours croissant d’agrégats et d’alliés hétérogènes.
