Este artigo é uma releitura da pesquisa realizada no processo de doutoramento em que se trabalhou com as representações sociais de escrita dos estudantes da licenciatura em educação do campo – Curso Linguagens e Códigos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Na tese, foram feitas entrevistas narrativas com 15 graduandos com o objetivo de entender suas relações/concepções de escrita. Naquela pesquisa, ficou evidente a importância da figura feminina na luta por uma educação do campo pública, gratuita e de qualidade. Foi voz ‘corrente’ entre todos/as os/as entrevistados/as a decisiva contribuição de mães, esposas, enfim da figura feminina para a entrada/permanência desses estudantes no curso de graduação. Foi a partir das entrevistas narrativas que uma questão vem se colocando para a pesquisadora, tendo neste artigo, oportunidade para reflexão. Se as mulheres são as principais incentivadoras de seus companheiros, filhos, irmãos, para o acesso e continuidade dos estudos, como elas se organizam para a própria participação? Quais são os suportes necessários para a ‘saída de casa’ dessas mulheres? Do ponto de vista metodológico, foram selecionados depoimentos de duas mulheres jovens, representativas de percursos diferentes.
This article is a reinterpretation of the research implemented in the doctoral process in which the social representations of ‘writing’ of undergraduate students in the rural education was studied. Curso Linguagens e Códigos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). In the thesis, narrative interviews were conducted with a group of 15 undergraduates in order to understand their relationships/conceptions of writing. Then, it was possible to notice the importance of the female figure in the fight for a free, high quality rural education. Mothers, wives, girlfriends, were widely mentioned as having decisive roles in students entering as well as their remaining in the undergraduate course. Thus, it was from the narrative interviews that a question has been posed, and has, in the space of this article, an opportunity for reflection. If women are the ones encouraging their partners, children, brothers, to further their studies, how do such women organize themselves so that they too can study? What is the necessary support so that such women can ‘leave home’? From a methodological point of view, two testimonies from young women coming from different backgrounds were selected.
Este artículo es una reinterpretación de la investigación realizada en el proceso de doctorado en la que se trabajaron las representaciones sociales de la escritura de estudiantes de pregrado en educación de campo - Curso de Idiomas y Códigos de la Universidad Federal de los Valles de Jequitinhonha y Mucuri. En la tesis, se realizaron entrevistas narrativas con 15 estudiantes universitarios con el fin de comprender sus relaciones/concepciones de la escritura. En esa investigación se evidenció la importancia de la figura femenina en la lucha por una educación pública, gratuita y de calidad. La voz 'actual' entre todos los entrevistados fue el aporte decisivo de la figura femenina para el ingreso/permanencia de estos estudiantes en la carrera de grado. Fue a partir de las entrevistas narrativas que se le planteó una pregunta al investigador, teniendo en este artículo una oportunidad de reflexión. Si las mujeres son el principal incentivo de sus parejas, para el acceso y la continuidad de los estudios, ¿cómo se organizan para su propia participación? ¿Cuáles son los apoyos necesarios para "salir de casa"? Desde el punto de vista metodológico, se seleccionaron los testimonios de dos mujeres jóvenes, que representan caminos diferentes.