Relações étnico-raciais: construção da dimensão pedagógica do cinema negro e a afirmação positiva da africanidade

Revista Brasileira de Educação do Campo

Endereço:
Avenida Nossa Senhora de Fatima, 1588, Centro, Cep. 77900-000, Tocantinópolis, Tocantins, Brasil. - Centro
Tocantinópolis / TO
77900000
Site: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/campo
Telefone: (63) 3471-6037
ISSN: 25254863
Editor Chefe: Gustavo Cunha de Araujo
Início Publicação: 31/07/2016
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Relações étnico-raciais: construção da dimensão pedagógica do cinema negro e a afirmação positiva da africanidade

Ano: 2021 | Volume: 6 | Número: Não se aplica
Autores: C. L. Prudente, J. P. P. Có, P. Morais-Alexandre
Autor Correspondente: C. L. Prudente | clsprudente@gmail.com

Palavras-chave: relações étnico-raciais, dimensão pedagógica do cinema negro, ibero-ásio-afro-ameríndio, imagem de afirmação positiva da africanidade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo demonstra a centralidade da preocupação acadêmica, na disciplina Relações étnico-raciais, que se dá por uma observação das diferentes filmografias brasileiras. A Chanchada foi o paroxismo do estereótipo de inferioridade racial da imagem do ibero-ásio-afro-ameríndio, como demanda étnico rural de herança ameríndia, no Jeca Tatu avesso ao progresso. Para afirmar a superioridade racial da hegemonia imagética do euro-hetero-macho-autoritário como signo de perfeição divinal expressada no padre como representante de Deus. Dominação racial determinada pelo poder da euroheteronormatividade. O Cinema Novo foi a tendência que o negro se tornou referencial estético na realização glauberiana de influência marxista. Na sintaxe do cinema novismo na semiótica das lutas de classe o negro é expressão proletária e o branco configura a burguesia. A luta, ontológica de afirmação da imagem positiva das minorias, é projeção das lutas de classe. No Cinema Negro a africanidade referência no cinema novismo conquista a posição de sujeito neste cinema de autor da sua própria história. Conclui que é na Dimensão Pedagógica do Cinema Negro, como cinema epistêmico que a minoria constrói a imagem de afirmação positiva representando o visual do decantado lugar de fala, como contemporaneidade inclusiva, superando o anacronismo excludente.



Resumo Inglês:

The article demonstrates the centrality of the academic concern, in the discipline Ethnic-Racial Relations, which is given by an observation of the different Brazilian filmographies. A Chanchada was the paroxysm of the stereotype of racial inferiority of the image of the Iberian-Afro-American as a rural ethnic demand of Amerindian heritage in the progress-averse Jeca Tatu. To affirm the racial superiority of the imagetic hegemony of the Euro-hetero-macho-authoritarian as a sign of divine perfection expressed in the priest as God's representative. Racial domination determined by the power of euroheteronormativity. Cinema Novo was the trend that the black man became an aesthetic referent in the Marxist-influenced Glauberian realization. In the syntax of Cinema Novo in the semiotics of class struggles, the black man is a proletarian expression and the white man configures the bourgeoisie. The ontological struggle to affirm the positive image of minorities is a projection of class struggles. In Black Cinema, the Africanity that is a reference in Cinema Novismo conquers the position of subject in this cinema as the author of its own history. It concludes that it is in the Pedagogical Dimension of Black Cinema, as epistemic cinema that the minority builds the image of positive affirmation representing the visual of the decanted place of speech, as inclusive contemporaneity, overcoming the excluding anachronism.



Resumo Espanhol:

El artículo demuestra la centralidad de la preocupación académica, en la disciplina Relaciones Étnico-Raciales, que se da por una observación de las diferentes filmografías brasileñas. A Chanchada fue el paroxismo del estereotipo de inferioridad racial de la imagen del ibérico-afroamericano como reivindicación étnica rural de herencia amerindia en la Jeca Tatu, reacia al progreso. Afirmar la superioridad racial de la hegemonía imaginaria del euro-hetero-macho-autoritario como signo de la perfección divina expresada en el sacerdote como representante de Dios. Dominación racial determinada por el poder de la euroheteronormatividad. El Cinema Novo fue la tendencia que convirtió al hombre negro en un referente estético en la realización glauberiana de influencia marxista. En la sintaxis del Cinema Novo en la semiótica de la lucha de clases, el negro es una expresión proletaria y el blanco configura la burguesía. La lucha ontológica para afirmar la imagen positiva de las minorías es una proyección de las luchas de clase. En el Cine Negro, la africanidad como referencia en el Cine Novismo conquista la posición de sujeto en este cine como autor de su propia historia. Concluye que es en la Dimensión Pedagógica del Cine Negro, como cine epistémico que la minoría construye la imagen de afirmación positiva que representa lo visual del lugar decantado del discurso, como contemporaneidad inclusiva, superando el anacronismo excluyente.