A Elaboração Conceitual de Química em uma Perspectiva Bilíngue: Um Estudo a Partir da Educação de Surdos

Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências

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20071004
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ISSN: 1984-2686
Editor Chefe: Aline Nicolli, Marcia Gorette Lima da Silva, Silvania Souza do Nascimento, Suzani Cassiani
Início Publicação: 01/01/2001
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A Elaboração Conceitual de Química em uma Perspectiva Bilíngue: Um Estudo a Partir da Educação de Surdos

Ano: 2022 | Volume: 1 | Número: Não se aplica
Autores: Lidiane de Lemos Soares Pereira, Thalita Costa Curado Souza, Anna Maria Canavarro Benite
Autor Correspondente: L. L. S. Pereira | Lidiane.pereira@ifg.edu.br

Palavras-chave: INTERAÇÕES DISCURSIVAS, SURDOS , EDUCAÇÃO QUÍMICA, INTERMEDIAÇÃO, LIBRAS

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Apresentamos uma pesquisa participante que teve como objetivo analisar as interações discursivas provenientes de um curso de extensão em química para surdos, na tentativa de elucidar aspectos inerentes à elaboração conceitual dos surdos. O curso de extensão foi realizado por meio de uma sequência didática com oito intervenções pedagógicas (IP) e nesse recorte foram analisados seis episódios de ensino, provenientes da IP1 em que a temática versava sobre o reconhecimento das transformações químicas. Nossos resultados apontaram que o processo de elaboração conceitual dos alunos surdos, em ambiente bilíngue, passa necessariamente pela intermediação do tradutor e intérprete de Língua de Sinais (TILS), o que difere substancialmente dos alunos ouvintes, entretanto, os alunos surdos possuem concepções alternativas semelhantes aos alunos ouvintes no que diz respeito ao conceito de transformação química. Nossos resultados também mostraram que as escolhas léxico-semânticas do TILS no processo de intermediação podem tanto auxiliar, quanto atrapalhar o acesso e desenvolvimento de um pensamento químico por parte dos alunos surdos.



Resumo Inglês:

We designed a participatory study that aimed to analyze the discursive interactions from an extension course in chemistry for the deaf, to elucidate aspects inherent to the conceptual elaboration by the deaf and hard-of-hearing. The course was run using a didactic sequence with eight pedagogical interventions (PI), from which six episodes of teaching were analyzed, starting from the PI1, which was about the recognition of chemical transformations. Our results showed that the conceptual elaboration process of deaf students, in a bilingual environment, necessarily involves the mediation by the Educational Sign Language Interpreter (ESLI). This differs substantially from students with no hearing impairments, although deaf students have similar alternative conceptions regarding chemical transformations. Our results also show that the lexical-semantic choices by the ESLI in the mediation process can either help or hinder the development of chemical thinking by deaf students