Arpillerando com jovens do Ensino Médio de uma escola do campo – bordados coletivos da luta pela terra

Revista Brasileira de Educação do Campo

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ISSN: 25254863
Editor Chefe: Gustavo Cunha de Araujo
Início Publicação: 31/07/2016
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Arpillerando com jovens do Ensino Médio de uma escola do campo – bordados coletivos da luta pela terra

Ano: 2023 | Volume: 8 | Número: Não se aplica
Autores: L. Löbler, M. C. Schefer
Autor Correspondente: L. Löbler | louiselobler@gmail.com

Palavras-chave: arpillera, direitos humanos, educação, educação do campo, mst.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo é a síntese de uma pesquisa, apresentada em 2022 no Programa de Pós – Graduação em Educação - Mestrado Profissional, na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. A pesquisa buscou compreender a história de quatro jovens na luta pela terra. A produção de dados utilizou a costura de arpillleras, de estudantes do Instituto de Educação Josué de Castro, situado em Viamão, Rio Grande do Sul. Os bordados foram nominados de: Ocupar, Resistir, Produzir e Conquistar.  As análises foram motivadas por documentos legais e por teóricos como: Frantz Fanon, Milton Santos, Paulo Freire, dentre outros. O estudo evidenciou que: a) os estudantes não abrem mão de sua própria pedagogia, atualizam as demandas para a garantia de direitos humanos aos sujeitos contemporâneos do campo; b) os jovens produzem conhecimentos a partir de suas realidades concretas; c) as memórias individuais, de lutas,  não podem ser entendidas apartadas das Memórias Sociais; d) a Educação do Campo é o lastro para a concretude do assentamento,  e o acampamento é o lugar onde a semente da escola é plantada; e) a produção de arpilleras como instrumento para as análise se transformou em registros potentes de histórias,  revelando o poder transformador da Arte- Educação na perspectiva libertadora.



Resumo Inglês:

This article is the synthesis of the research, presented in 2022 at the Postgraduate Program in Education - Professional Masters, at the State University of Rio Grande do Sul. The research sought to understand the story of four young people in the struggle for land. The production of data used the sewing of arpillleras, students of the Josué de Castro Institute of Education, located in Viamão, Rio Grande do Sul. The embroideries were named: Occupy, Resist, Produce and Conquer. The analyzes were motivated by legal documents and theorists such as: Frantz Fanon, Milton Santos, Paulo Freire, among others. The study showed that: a) students do not give up their own pedagogy, they update the demands for the guarantee of human rights to contemporary subjects in the field; b) young people produce knowledge based on their concrete realities; c) individual memories of struggles cannot be understood apart from Social Memories; d) Rural Education is the ballast for the concreteness of the settlement, and the encampment is the place where the seed of the school is planted; e) the production of arpilleras as a tool for analysis has been transformed into powerful records of stories, revealing the transforming power of Art-Education in the liberating perspective.



Resumo Espanhol:

Este artículo es la síntesis de una investigación, presentada en 2022 en el Programa de Pósgrado en Educación - Maestría Profesional, de la Universidad del Estado de Rio Grande del Sur. La investigación buscó comprender la historia de cuatro jóvenes en la lucha por la tierra. La producción de datos utilizó la costura de arpilleras, con estudiantes del Instituto de Educación Josué de Castro, ubicado en Viamão, Rio Grande del Sur. Los bordados llevaban por nombre: Ocupar, Resistir, Producir y Conquistar. Los análisis fueron motivados por documentos jurídicos y teóricos como: Frantz Fanon, Milton Santos, Paulo Freire, entre otros. El estudio demonstró que: Los estudiantes no renuncian a su propia pedagogía, actualizan las demandas por la garantía de los derechos humanos a los sujetos contemporáneos en el campo; Los jóvenes producen conocimiento a partir de sus realidades concretas; Las memorias individuales de lucha no pueden entenderse al margen de las Memorias Sociales; La Educación Rural és el lastre para la concreción del asentamiento, y el campamento és el lugar donde se siembra la semilla de la escuela; La producción de arpilleras como herramienta de análisis se ha transformado en poderosos registros de relatos, revelando el poder transformador del Arte-Educación en la perspectiva liberadora.