Este artigo é fruto de uma pesquisa interinstitucional denominada “Educação e Escolas do campo em tempos de pandemia de COVID-19”, que iniciou durante o ano de 2020. A investigação foi efetuada de forma quantitativa, com a aplicação de questionários com estudantes e egressos dos Cursos de Licenciatura em Educação do Campo, Pedagogia da Terra e Pedagogia Indígena. Em um segundo momento, foram realizadas entrevistas qualitativas de modo virtual (online). Buscamos apresentar um esboço analítico a partir dos dados coletados nessa pesquisa, especialmente nas intersecções entre classe, mulher, raça, trabalho e educação do campo. Embora não tenham sido a centralidade da investigação, ela apontou uma série de dados que saltaram da vida concreta dessas mulheres e necessitavam de uma análise mais sistematizada. Para apresentação desse debate, o artigo enfatizou três grandes temas, a saber: Mulheres, Classe e Raça e Etnia, por meio do perfil das mulheres que participaram da pesquisa; Trabalho, Gênero e Raça na Educação do Campo durante a pandemia; e os impactos da pandemia para a mulher na Educação do Campo. Entre os resultados principais destaca-se maior presença de mulheres e pessoas negras engajadas na Educação do Campo, sendo que a maior parte delas são mães. Entre os principais impactos que essas mulheres sofreram em suas vidas destacam-se o aumento de trabalho, a diminuição da renda e a dedicação aos estudos delas e dos filhos durante a pandemia, o que se deu de modo precário para grande parte delas.
This article is the result of an interinstitutional research entitled “Education and Rural Schools in times of the COVID-19 pandemic” that began during 2020. We performed the research through a quantitative approach, with the application of questionnaires with students and former students from the courses of Rural Education, Pedagogy of Land and Indigenous Pedagogy. After this first moment, we developed online qualitative interviews. We seek to present an analytical outline based on the data collected, especially at the intersections between class, women, race, work and rural education. Although it was not the centrality of the investigation, it pointed out a series of data that came from the concrete lives of these women and required a more systematic analysis. To present this debate, the article emphasized three major themes, namely: Women, Class, Race and Ethnicity through the profile of the women who participated in the research; Work, Gender and Race in Rural Education during the pandemic; and the impacts of the pandemic on women in Rural Education. Among the main results, there is a greater presence of women and black people engaged in Rural Education, most of whom are mothers. Among the main impacts that these women suffered in their lives, the increase in work, decreased income and dedication to their studies and their children during the pandemic stand out, which was precarious for most of them.
Este artículo es resultado de una investigación interinstitucional denominada “Educación y Escuelas Rurales en tiempos de la pandemia COVID-19” iniciada durante el año 2020. La investigación se efetuó de modo cuantitativo, con la aplicación de encuestas con estudiantes y egresados de las carreras de Licenciatura en Educación del Campo, Pedagogía de la Tierra y Pedagogía Indígena. En un segundo momento, se realizaron entrevistas cualitativas en modo virtual (en línea). Buscamos presentar un esquema analítico a partir de los datos recolectados, especialmente en las intersecciones entre clases, mujeres, raza, trabajo y educación rural. Si bien no fue la centralidad de la investigación, sí señaló una serie de datos que provenían de la vida concreta de estas mujeres y requerían un análisis más sistemático. Para presentar este debate, el artículo enfatizó tres grandes temas, a saber: Mujer, Clase, Raza y Etnicidad a través del perfil de las mujeres que participaron de la investigación; Trabajo, Género y Raza en la Educación Rural durante la pandemia; y los impactos de la pandemia en las mujeres de la Educación Rural. Entre los principales resultados, hay mayor presencia de mujeres y personas negras involucradas en la Educación Rural, la mayoría de las cuales son madres. Entre los principales impactos que sufrieron estas mujeres en sus vidas destacan el aumento del trabajo, la disminución de ingresos y la dedicación a sus estudios y a sus hijos durante la pandemia, que fue precaria para la mayoría de ellas.
