O presente artigo explora a intersecção entre contos narrativos e a psicanálise, destacando como esses relatos infantis funcionam como instrumentos de formação psíquica e emocional. A análise se fundamenta nas contribuições de diversos autores, como Bettelheim, que discute a função terapêutica dos contos de fadas, e Lacan, que oferece uma perspectiva sobre a relação do sujeito com o objeto narrativo. O texto também considera a importância da imaginação, conforme abordado por Vygotsky, e as implicações desses elementos na saúde mental infantil, a partir das reflexões de Liima. Por fim, a obra de Abramovich complementa a discussão, enfatizando os aspectos lúdicos e simbólicos da literatura infantil. A articulação dessas referências permite um entendimento mais profundo da narrativa como meio de autoconhecimento e desenvolvimento emocional.