Doação de órgãos e tecidos: a centralidade do coração e a emergência do cérebro manifestadas em projeto artístico

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ISSN: 1807-5726
Editor Chefe: Antonio P. P. Cyrino
Início Publicação: 31/07/1997
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Doação de órgãos e tecidos: a centralidade do coração e a emergência do cérebro manifestadas em projeto artístico

Ano: 2011 | Volume: 15 | Número: 38
Autores: Z. C. Sartori; L. H. S. dos Santos
Autor Correspondente: Z. C. Sartori | z.cardozo@ibest.com.br

Palavras-chave: Doação dirigida de tecido. Coração. Cérebro. Arte.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A centralidade do coração e a emergência do cérebro nos textos dos participantes da ação artística 'Doações do Corpo', produzidos para se candidatarem à recepção de um órgão, sob a forma de objeto artístico, são analisadas com base nas contribuições de autores que teorizam sobre o corpo na contemporaneidade. Essa ação foi desenvolvida com o objetivo de provocar um tensionamento na intersecção entre os campos das artes e das ciências, colocando o participante no lugar de receptor, à espera por transplante e, ao mesmo tempo, no lugar de artista procurando por espaço para suas obras. Analisa-se, também, um dos pontos significativos evidenciados durante a pesquisa: aquilo que podemos chamar de simbologia e fantasmática, presentes nos discursos sobre transplantes. Por fim, discute-se a centralidade atribuída ao coração (como sede das emoções) em concorrência ao cérebro (órgão que representa a racionalidade, a instância do próprio 'governo do eu').



Resumo Espanhol:

La centralidad del corazón y la emergencia del cerebro en textos de participantes de la acción artística 'Donaciones del Cuerpo', producidos con el intuito de postularse a la recepción de un órgano, bajo la forma de objeto artístico, se analizan a partir de autores que teorizan sobre el cuerpo en la contemporaneidad. Esta acción tuvo el objetivo de provocar la intersección entre artes y ciencias, situando el participante como receptor, a la espera por un trasplante y, al mismo tiempo, como el artista, buscando espacio para exponer sus trabajos. También se analiza un punto significativo evidenciado durante la investigación: que podemos llamar de simbología y fantasmática, presente en los discursos sobre trasplantes. Por fin, se discute la centralidad del corazón - como sede de las emociones - en competencia con el cerebro - órgano de la racionalidad, la instancia del propio 'gobierno del yo'.