O principal objetivo deste artigo é reconhecer a dinâmica de (re) produção dos espaços
agrÃcolas do semi-árido e dos cerrados do Nordeste do Brasil recentemente incorporados Ã
produção agropecuária globalizada, como resultado da dispersão espacial do agronegócio e
da agricultura cientÃfica pelo território do paÃs, difundindo-se especializações territoriais
produtivas. O intuito é discutir alguns dos processos que a regem e as desigualdades
socioespaciais resultantes. Ao considerar que a difusão do agronegócio se dá de forma
extremamente excludente, acentuando as históricas desigualdades sociais e territoriais,
além de criar muitas novas desigualdades, optamos por apresentar alguns dos impactos
negativos para os elementos sociais da estrutura agrária. Sobressaem, especialmente, a
concentração da estrutura fundiária, impondo uma nova dinâmica ao mercado de terras, e a
mudança das relações de trabalho, formando-se um mercado de trabalho agrÃcola formal.