FATORES ASSOCIADOS AOS DESFECHOS DESFAVORÁVEIS DA SÍFILIS NA GESTAÇÃO

Ano: 2025 | Volume: 29 | Número: 1

Autores: Ana Paula Ferreira Holzmann, Edna de Freitas Gomes Ruas, João Luiz Grandi, Cristiano Leonardo de Oliveira Dias, Clara de Cássia Versiani, Janer Aparecida Silveira Soares, Dulce Aparecida Barbosa

Palavras-chave: Gestante, Sífilis, Sífilis Congênita, Pré-natal, Complicações na Gestação, Pregnancy Woman, Syphilis, Congenital Syphilis, Prenatal Care, Pregnancy Complications, Mujeres Embarazadas, Sífilis, Sífilis Congénita, Atención Prenatal, Complicaciones del Embar

Resumo Português:

O objetivo do estudo foi estimar a frequência de desfechos desfavoráveis da sífilis materna e verificar os fatores associados à ocorrência deles. Estudo transversal, retrospectivo, com componentes descritivos e analíticos realizado em duas maternidades de Montes Claros, Minas Gerais, com dados do período de 2015 a 2018. Foram incluídas todas as gestantes e parturientes com diagnóstico de sífilis durante a gestação, parto ou puerpério imediato. Os dados foram coletados de fontes secundárias e analisados no programa Statistical Package for the Social Science. Predominaram gestantes/ parturientes solteiras (59,8%), com menos de 25 anos (54,4%) e oito anos ou menos de estudos concluídos (52,2%). O pré-natal foi realizado por 92,7% das gestantes e a maioria foi diagnosticada para sífilis na gestação (92,4%). 67,6% foram tratadas durante o pré-natal e o tratamento foi adequado em 24,4%. Na maternidade, 62,4% das mulheres apresentaram titulação maior que 1:8 (62,4%) no VDRL. Desfechos desfavoráveis ocorreram em 34% dos casos e as variáveis associadas na análise bivariada (p≤ 0,005) foram: realização de pré-natal; momento do diagnóstico; realização de tratamento no pré-natal, conclusão do tratamento no pré-natal e titulação do VDRL na maternidade. Os fatores que se associaram aos desfechos desfavoráveis da sífilis materna nesse estudo reafirmam a importância de uma assistência pré-natal comprometida com a qualidade.

Resumo Inglês:

The objective of the study was to estimate the frequency of unfavorable outcomes of maternal syphilis and verify the factors associated with their occurrence. Cross-sectional, retrospective study, with descriptive and analytical components carried out in two maternity hospitals in Montes Claros, Minas Gerais, with data from the period 2015 to 2018. All pregnant and parturient women diagnosed with syphilis during pregnancy, childbirth or the immediate postpartum period were included. Data were collected from secondary sources and analyzed using the Statistical Package for the Social Science program. There was a predominance of single pregnant/parturient women (59.8%), under 25 years of age (54.4%) and eight years or less of completed studies (52.2%). Prenatal care was provided by 92.7% of pregnant women and the majority were diagnosed with syphilis during pregnancy (92.4%). 67.6% were treated during prenatal care and treatment was adequate in 24.4%. In the maternity ward, 62.4% of women had a titer greater than 1:8 (62.4%) in the VDRL. Unfavorable outcomes occurred in 34% of cases and the associated variables in the bivariate analysis (p≤ 0.005) were: prenatal care; time of diagnosis; carrying out prenatal treatment, completion of prenatal treatment and VDRL titration in the maternity ward. The factors that were associated with unfavorable outcomes of maternal syphilis in this study reaffirm the importance of prenatal care committed to quality.

Resumo Espanhol:

El objetivo del estudio fue estimar la frecuencia de resultados desfavorables de la sífilis materna y verificar los factores asociados con su aparición. Estudio transversal, retrospectivo, con componentes descriptivos y analíticos, realizado en dos maternidades de Montes Claros, Minas Gerais, con datos del período 2015 a 2018. Todas las gestantes y parturientas diagnosticadas con sífilis durante el embarazo, parto o puerperio inmediato. período fueron incluidos. Los datos se recopilaron de fuentes secundarias y se analizaron utilizando el Paquete Estadístico para el programa de Ciencias Sociales. Hubo predominio de mujeres gestantes/parturientas solteras (59,8%), menores de 25 años (54,4%) y ocho años o menos de estudios completos (52,2%). La atención prenatal fue brindada por el 92,7% de las gestantes y la mayoría fue diagnosticada con sífilis durante el embarazo (92,4%). El 67,6% fue atendido durante el control prenatal y el tratamiento fue adecuado en el 24,4%. En la maternidad, el 62,4% de las mujeres tenía un título superior a 1:8 (62,4%) en el VDRL. Los resultados desfavorables ocurrieron en el 34% de los casos y las variables asociadas en el análisis bivariado (p≤ 0,005) fueron: atención prenatal; momento del diagnóstico; realización de tratamiento prenatal, finalización del tratamiento prenatal y titulación de VDRL en la sala de maternidad. Los factores que se asociaron con resultados desfavorables de la sífilis materna en este estudio reafirman la importancia de una atención prenatal comprometida con la calidad.