O estudo analisou como a rede municipal estruturou a formação de professores para tornar exequível a educação inclusiva no cotidiano das escolas, convertendo prescrições legais e curriculares em rotinas profissionais observáveis. Descrever competências docentes indispensáveis, examinar desenhos de programas e políticas de formação e apontar desafios e perspectivas para sua sustentabilidade institucional. Realizou-se análise documental de marcos normativos e curriculares, articulada a uma matriz de evidências sobre práticas de sala e arranjos de governança, considerando indução de docentes iniciantes, formação continuada em ciclos e mecanismos simples de monitoramento. Identificaram-se núcleos de competência — planejamento por objetivos, avaliação a serviço da aprendizagem, variação de representações e integração proporcional de apoios — e elementos de política eficazes, como mentoria, observação com feedback, comunidades de prática e protocolos mínimos para adaptações e transferências entre apoios e sala comum. A coerência entre direito, currículo e prática dependeu de coordenação e de dados parcimoniosos que informaram decisões sem burocratizar; quando presentes, tais condições reduziram o hiato entre prescrição e prática e favoreceram a difusão de rotinas eficazes entre escolas. A formação operou como mecanismo de garantia do direito quando alinhou metas comuns, caminhos de acesso variados e demonstrações equivalentes de aprendizagem, exigindo continuidade política, tempos protegidos e acompanhamento próximo para se manter estável em escala.