À luz da ecologia política, o artigo analisa a relação entre grandes projetos e direitos humanos, assim como suas repercussões sobre a gestão socioambiental na Amazônia paraense, enfatizando os danos, riscos e conflitos produzidos pelas monoculturas de dendê, soja e arroz, para as populações tradicionais. Mediante abordagem qualitativa e multidisciplinar, utiliza pesquisas bibliográfica e documental, bem como observação direta. Considerando a contradição e a complexidade inerentes àquela gestão, a pesquisa aponta que há inúmeros problemas socioambientais decorrentes do modelo econômico neoextrativista baseado em commodities, e que o Estado não apresenta instrumentos e mecanismos adequados à proteção dos direitos humanos dos grupos sociais atingidos.
From a political ecology perspective, the article analyzes the relationship between large projects and human rights and their repercussions on socio-environmental management in the Pará Amazon, emphasizing the damages, risks and conflicts brought to traditional populations by oil palm, soy, and rice monocultures. Through a qualitative and multidisciplinary approach, it utilizes bibliographic and documentary research, and direct observation. Considering the inherent contradiction in that management, the research indicates that there are numerous socio-environmental problems stemming from the neo-extractivist model based on commodities. It also highlights the lack of adequate instruments and mechanisms to safeguard human rights for the affected groups.