O artigo aborda, para o caso da Argentina, um assunto crÃtico nos tempos atuais: o vÃnculo entre polÃtica social e redistribuição. Tendo como referência a recente reaparição do conceito “redistribuição†na agenda polÃtica, o trabalho aborda o papel que desempenharam as polÃticas sociais e o gasto social em termos de redistribuição de ativos e de oportunidades entre os setores de uma sociedade argentina que sofreu fortes crises ao longo das três últimas décadas. São revisados, em detalhes, os aspectos crÃticos do cenário social argentino quanto ao mercado de trabalho, desigualdade e pobreza, ligando tais problemáticas à s acentuadas heterogeneidades que caracterizam o paÃs em sua dimensão espacial. Ao mesmo tempo, o artigo observa as rigidezes e problemas que enfrenta o significativo gasto social que, a cada ano, se destina a enfrentar a questão social. São analisadas, também, as principais mudanças ocorridas nos setores fundamentais da polÃtica social, sobretudo a partir do inÃcio dos anos noventa: o sistema de previdência, a educação, a saúde e a luta contra a pobreza.
O artigo conclui explorando os principais desafios que enfrenta a Argentina quanto ao objetivo de construir uma sociedade mais igualitária, propósito para o qual a polÃtica social terá que desempenhar um papel protagônico. Destacam-se, neste sentido, a necessidade de fazer fluir o fortalecimento de um enfoque de direitos, o avanço em direção a um sistema integral de proteção social e a atenção prioritária à s desigualdades territoriais.