Retratada com frequênciacomo uma mulher descontrolada, histérica, devido ao caráter transgressor e obsceno de suas performances, o trabalho de Karen Finley levanta discussões sobre poluição, abjeção e os limites próprios do corpo. Partindo do entendimento do trabalho de Finley como umaescrita do corpo, esse artigo demonstra a complexidade e a extensão em que a loucura, o trauma e os conceitos do grotesco e do abjeto estão imbricados e implicados com visões normativas do gênero, sexualidade, raça e classe, com particular significado para as mulheres e todas aqueles/as que ocupam uma posição marginal e/ou liminar na estrutura social.
Often portrayed as a woman “out of control,” as a “hysteric,” due to the transgressive and obscene nature of her performances, the work of Karen Finley raises questions about pollution, abjection, and the boundaries of the clean and proper body. Looking at Finley’s work as a practice of writing the body , this essay demonstra- tes the complexity and the extent to which madness, trauma, and concepts of the grotesque and the abject are imbricated in one another and implicated with normative views of gender, sexuality, and with issues of race and class, with particular significance for women and all others who occupy a marginal and/or liminal position in the social structure.